ESPAÇO SAÚDE

O que nos sacia?

Por: Redação | Categoria: Saúde | 08-09-2022 02:49 | 3907
Foto: Dra Leticia de Oliveira Médica Nefrologista e Clínica Médica Lucano Clínicas

A saciedade é uma sensação fundamental. Um processo de múltiplos fatores que tem início quando o alimento chega ao estômago e começa a preencher os espaços. A distensão do estômago ativa partes do cérebro associadas ao controle do apetite.

Mais de 20 hormônios gastrointestinais participam da regulação do apetite. Por exemplo a colecistoquinina, que é produzida no duodeno e sinaliza ao cérebro, provocando a redução da sensação de recompensa ao comer, desacelera o movimento do alimento do estômago para os intestinos.

Outro hormônio é a leptina que atua em dois grupos de neurônios no hipotálamo e estimula a atividade dos neurônios que atuam diretamente na inibição da fome, ao mesmo tempo em que inibe a atividade dos neurônios que produzem a sensação de fome.

Como todos estes processos não são instantâneos, é reforçada a recomendação de se alimentar sem pressa, para que a ingestão seja interrompida no momento correto.

Além disso, vários nutrientes estão envolvidos nos mecanismos de regulação da saciedade como: Proteína de girassol rica em fenilalanina, que favorece a produção de colecistoquinina, dopamina e norepinefrina (associadas ao humor, à concentração e ao bem-estar).

Triptofano é um importante precursor do neurotransmissor serotonina, relacionado à sensação de bem-estar, ao alívio do estresse e da ansiedade, e ao controle da compulsão alimentar.

Fibras: Lentificam a absorção dos nutrientes, prolongando a sensação de saciedade.

Gorduras de cadeia média: gorduras rapidamente absorvidas e utilizada como energia, levando o cérebro a interpretar que está alimentado. Além disso, capazes de aumentar a sensibilidade do cérebro à leptina (hormônio importante na saciedade). Como óleo de coco.

Ômega-3: propriedades antinflamatórias, presente nos peixes, nozes e sementes, favorece o aumento da sensibilidade à leptina, melhorando a sinalização deste hormônio no controle do apetite.

Crocina e Safranal: os ativos do açafrão, inibem a recaptação de serotonina e dopamina, diminuindo a vontade de ingerir doces e a compulsão alimentar.

Mucuna: um tipo de feijão, é fonte natural de L-dopa, precursor de dopamina.

Dessa forma podemos utilizar dos próprios alimentos em nosso favor para controlar o "desejo" de comer. Quem nunca comeu por compulsão ou sem ver? Ou comeu além da conta?

Podemos utilizar os próprios alimentos para regular nosso apetite e saciedade.

Se cuidem e visitem regularmente seu médico de confiança.

Dra Leticia de Oliveira
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