FRAUDES

Polícia Federal combate fraudes ao Auxílio Emergencial em Paraíso

Por: Roberto Nogueira | Categoria: Polícia | 20-10-2022 14:06 | 2195
Pelo menos um mandado de busca e apreensão foi cumprido em Paraíso na manhã de quinta-feira
Pelo menos um mandado de busca e apreensão foi cumprido em Paraíso na manhã de quinta-feira Foto: Reprodução

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira,20, a terceira e a quarta fases da Operação Subitis Auxilium, de combate a fraudes ao Auxílio Emergencial em Minas Gerais. Na ação estão sendo cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e 25 bloqueios de contas bancárias. Em uma das ações os policiais estiveram em São Sebastião do Paraíso e em um endereço mantido sob sigilo para o cumprimento de mandado de busca e apreensão contra um acusado de fazer parte do esquema de fraude.

A PF informou que busca identificar a atuação de organizações criminosas e conjuntos de fraudes com denominadores comuns (fraudes estruturadas). As informações iniciais vieram da Base Nacional de Fraudes ao Auxílio Emergencial (BNFAE) e foram remetidas à Polícia Federal após análise e confirmação, pela Caixa, das comunicações de irregularidades referentes ao pagamento fraudulento do auxílio.

Em relação a terceira fase da operação, após análise e cruzamento dos dados fornecidos pela Caixa Econômica Federal, foram identificados imóveis, possivelmente vinculados aos titulares das fraudes.

Esses endereços foram objeto de nove mandados de busca e apreensão em 17 municípios mineiros. Além de São Sebastião do Paraíso as ações ocorreram em Belo Horizonte, Santa Luzia, Nova Lima, Montes Claros e Governador Valadares. Também foram desenvolvidas operações em Ponte Nova, Sete Lagoas, Lagoa Santa, Paracatu, Uberaba e São Francisco.

Conforme o balanço apresentado também foram realizados bloqueios de 25 contas bancárias ligadas aos investigados. “O objetivo é desestruturar ações que causam graves malefícios ao programa assistencial e, por consequência, atingem toda a parcela da população que necessita dos valores”, ressaltou a Polícia Federal em nota.

Segundo a PF, para identificar a atuação de organizações criminosas e conjuntos de fraudes com denominadores comuns foram utilizadas ferramentas de inteligência estabelecidas pela Polícia Federal para rastrear pagamentos indevidos e processados.

Com a análise dos materiais apreendidos, o envolvido poderá ser responsabilizado pelo crime de furto qualificado, com pena de reclusão de dois a oito anos, além de multa.

ETAPAS INICIAIS
A primeira e a segunda fases da Operação Subitis Auxiulium terminaram com 48 pessoas indiciadas em vários crimes, dentre eles furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro, de acordo com cada caso investigado. Também foram bloqueadas dezenas de contas bancárias e cumpridos, em 2021, 80 mandados de busca e apreensão em imóveis ligados aos investigados, além de 17 bloqueios de contas e 13 medidas cautelares diversas da prisão vinculados ao citado inquérito.

As investigações que culminaram na operação começaram em outubro de 2021, após pesquisas na Base Nacional de Fraudes ao Auxílio Emergencial (BNFAE). “As investigações indicam que as fraudes praticadas possam ter uma amplitude bem maior do que o apurado até o momento, uma vez que o investigado se intitula nas redes sociais como detentor de larga ‘experiência na área tecnológica’, postando fotos reveladoras de uma personalidade voltada à transgressão, ao desregramento, à busca de riqueza rápida e a uma ‘vida fácil’”, disse a PF.
(Da Redação, com informações da Polícia Federal e Agência Brasil)