O presidente Jair Bolsonaro, após 44 horas do anúncio do resultado das eleições, fez o primeiro pronunciamento na tarde desta terça (1/11). Discurso curto, ele não falou de improviso para uma rede de emissoras. Não disse se concorda com o resultado das urnas.
Iniciou agradecendo aos 58 milhões de votos que obteve. Sem mencionar a paralisação em rodovias afirmou que os “atuais movimentos populares são frutos de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem vindas. Mas nossos métodos não podem ser como os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”.
Disse que “a direita surgiu de verdade em nosso país, e a nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores, Deus, pátria, família e liberdade”.
“Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos continuam mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.
Sempre fui rotulado como antidemocrático, e, ao contrário de meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei de controlar ou censurar as mídias e redes sociais.
Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira”.
Ministro Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil, disse que o presidente o autorizou a informar “que quando for provocado, com base na lei será iniciado o processo de transição”.