Coligação pela qual Bolsonaro disputou eleição pede anulação de votos de 60% das urnas
Por: Redação | Categoria: Política | 22-11-2022 17:45 | 1823
Uma representação assinada pela Coligação “Pelo Bem do Brasil”, pela qual o presidente Jair Bolsonaro disputou a reeleição, deu entrada nesta terça-feira (22) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o pedido de anulação dos resultados apurados em parte das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições presidenciais. Advogados argumentam a existência de “desconformidades irreparáveis” em cinco modelos de urnas fabricadas nos anos de 2009, 2011, 2013 e 2015 que podem ter influenciado no resultado do segundo turno das eleições.
Em entrevista coletiva o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, explicou que na ação o pedido é para que o Ministério Público Eleitoral avalie e se for o caso anule, votos contidos em torno de 280 mil urnas utilizadas.
Ele ressaltou a intenção de se “conversar tecnicamente com funcionários do TSE, o que é salutar para a própria democracia”.
Na entrevista, Marcelo Bessa, advogado do PL salientou que não se pretende uma anulação para favorecer qualquer candidato, mas uma contribuição para aprimoramento do sistema eleitoral.
O engenheiro Carlos Rocha que liderou estudos técnicos comentou alguns pontos que no dizer de Vademar Costa Neto, merecem ser observados. “Confesso que fiquei surpreso. Este relatório não expressa a opinião do Partido Liberal, mas é resultado de estudos elaborados por especialistas graduados em uma das universidades mais conceituadas do mundo, e no nosso entendimento deve ser analisado por especialistas do TSE”, afirmou Costa Neto.
“Uma apuração realizada apenas com base nos resultados das urnas do modelo UE2020 (40,82% do total das urnas utilizadas no 2º turno) – que, reitere-se, possibilitam, com a certeza necessária, validar e atestar a idoneidade de seus votos –, o resultado que objetivamente se apresenta atesta, neste espectro de certeza eleitoral impositivo ao pleito, 26.189.721 votos ao presidente Jair Messias Bolsonaro, e 25.111.550 votos ao candidato Luís Inácio Lula da Silva, resultando em 51,05% dos votos válidos para Bolsonaro, e 48,95% para Lula”, diz trecho do documento.
Outro ponto que tem sido questionado é que inúmeras urnas por apresentarem problemas foram reiniciadas, e isso quebrou o sigilo do voto de eleitores que haviam votado até aquele momento, o que de acordo com lei, seria motivo para anulação daquela urna.