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Alguns tópicos para ficar de olho e acompanhar a temporada da F1

Por: Sérgio Magalhães | Categoria: Esporte | 05-03-2023 10:40 | 923
A Red Bull começa o campeonato como favorita, mas o campeonato será longo
A Red Bull começa o campeonato como favorita, mas o campeonato será longo Foto: F1

Foram 105 dias de espera para começar tudo novamente. A F1 dá a largada para o 74º Campeonato Mundial desde a sua criação em 1950. Desta vez será o mais longo da história, com 23 corridas e mais 6 sprints no sábado, o que dará um total de 29 largadas começando neste final de semana no Bahrein, e terminando em Abu Dhabi no dia 26 de novembro.

As principais novidades ficam por conta da estreia dos novatos: Logan Sargeant na Williams, Oscar Piastri na McLaren e Nyck de Vries na Alpha Tauri. Fernando Alonso trocou a Alpine pela Aston Martin; Pierre Gasly trocou a Alpha Tauri pela Alpine e tem o retorno de Nico Hulkenberg pela Haas depois de três anos fora da F1. Com a aposentadoria de Vettel, serão três os campeões na pista: Hamilton, Verstappen e Alonso, que juntos somam 11 títulos (Hamilton 7, Verstappen 2 e Alonso 2).

No calendário, a principal atração será o GP de Las Vegas, um megaevento marcado para o sábado à noite em 18 de novembro. O Qatar passa a integrar em definitivo o calendário com a prova marcada para 8 de outubro. O GP de São Paulo em Interlagos será em 5 de novembro. 

O que aconteceu no intervalo
A Ferrari demitiu o chefe de equipe, Mattia Binotto, e contratou o experiente Fred Vasseur, que comandava a Alfa Romeo. A Williams fez o mesmo com Jost Capito e contratou James Vowles, ex-estrategista da Mercedes. A McLaren promoveu seu engenheiro Andrea Stella para de chefe de equipe substituindo Andreas Seidl que foi para a Alfa Romeo para preparar o terreno para a chegada da Audi em 2026. 

O que os testes de pré-temporada mostraram?
A confiabilidade dos carros foi o que mais chamou atenção com 8 das 10 equipes rompendo a barreira dos 2.000 km em três dias e com raríssimas quebras. Elas somaram 3.992 voltas pelos 5.421 metros do Circuito de Sakhir: 21.640 km, o equivalente a 70 GPs do Bahrein. Vimos uma Red Bull muito forte e favorita, a Ferrari rápida de reta, mas que consumiu muito pneu, a Mercedes melhor que a de 2022, mas fora do páreo por vitória já, a Alpine que tenho dúvidas se terá forças para defender a 4ª posição conquistada no ano passado, uma Mc Laren que terá dificuldades de passar para o Q2 na classificação, uma Aston Martin que deverá ser a queridinha do ano, uma Alfa Romeo ameaçadora no pelotão intermediário, a Haas com possibilidades de marcar muitos pontos, a Alpha Tauri mais próxima do pelotão intermediário, e uma Williams com potencial para deixar a lanterna da F1.

O que esperar da temporada?
A Red Bull começa como favorita com a boa base do carro de 2022, mas terá menos tempo de desenvolvimento em túnel de vento de acordo com o regulamento que estabelece períodos maiores de desenvolvimento de acordo com a ordem inversa da classificação do campeonato do ano passado. E por ter estourado o teto orçamentário em 2021, a Red Bull foi punida com 10% a menos do tempo que tem direito para desenvolver o modelo RB19. Isso será suficiente para tirar a vantagem da equipe? E aí surgem as dúvidas: Verstappen será tricampeão? A Mercedes dará a volta por cima depois de sofrer com o carro de 2022? E a Ferrari que errou tanto no ano passado, será que aprendeu a lição? Hamilton conquistará o 8º título? Ano passado o heptacampeão perdeu a disputa interna na Mercedes para George Russell. Outra derrota poderá decretar o fim de sua carreira na F1? 

O GP do Bahrein
No calendário da F1 desde 2004 o pequeno país do Golfo Pérsico abre mais uma vez a temporada. Ano passado deu dobradinha da Ferrari com Leclerc e Sainz, e Hamilton terminou em 3º. Verstappen abandonou.

Este será o 19º GP do Bahrein, com a definição do grid neste sábado às 12h e a largada amanhã no mesmo horário. Havia a expectativa de que o brasileiro Felipe Drugovich, campeão da F2 no ano passado pudesse estrear na F1 pela Aston Martin substituindo Lance Stroll que sofreu acidente de bicicleta, mas o canadense se recuperou a tempo mesmo passando por uma pequena cirurgia no pulso há poucos dias.