A Secretaria Municipal de Agricultura de São Sebastião do Paraíso concluiu há quinze dias a distribuição de sementes de feijão a produtores. “O município recebeu 62 sacos de sementes, 10 quilos cada um, através de emenda parlamentar. Acredito que já estejam plantadas. A acompanhamento do desenvolvimento da cultura será feito pela engenheira agrônoma Sirlei Renata Sanfelice de Carvalho, da Emater”, disse o secretário de Agricultura, João Bosco Minto.
As sementes, conforme explica, vieram da região de Patos de Minas, “extraordinária produtora de feijão de qualidade”, são da variedade imperador, do grupo carioca. Em suas características, a grande vantagem é ser precoce, e para ser plantado no período da seca, intercalar nas lavouras de café, com 75 dias após o plantio já poderá ser colhido, enquanto outras variedades são em torno de 90 dias. É também mais tolerante a doenças que outros feijões, e a produtividade dele é bem acima de variedades costumeiramente plantadas em nossa região, que produzem entre 1.800 a dois mil quilos por hectare, enquanto o “imperador” chega produzir três mil quilos por hectare. Então acreditamos que o resultado será muito bom”, prevê João Bosco.
Parte da produção, produtores utilizam para a própria alimentação, e o excedente é comercializado. “Já que é semente certificada que pode ser utilizada nos próximos anos para plantio, solicitamos que destinem um pouco do feijão colhido para entidades filantrópicas do município”.
Perguntado se o período chuvoso prolongado causou perdas em lavouras de grãos no município, João Bosco comentou que as de milho foram prejudicadas um pouco, porque o excesso de água causa problemas na raiz da planta, a água ocupa o lugar do oxigênio, e a tendência sãos as plantas diminuírem a produtividade. O feijão das águas normalmente já apresenta problemas para o produtor, colheitas costumam ser em janeiro, e neste ano foi muito chuvoso, e possivelmente houve quebra de produtividade também, afetando também a qualidade do produto. O feijão mancha muito na época da colheita, e se houver excesso de água pode haver perda no valor de mercado.
O secretário lembra que houve expansão no na área plantada com soja no município de dois anos para cá. “A gente não ouvia falar em soja em Paraíso, hoje onde se vai, tem plantios, e a tendência que se amplie mais ainda, levando-se em conta o preço atrativo para o produtor, e houve desenvolvimento muito grande quanto a produtividade. Preço bom e alta produtividade, são motivos para o produtor investir nesta cultura”, observa o secretário João Bosco Minto.