Há mais ou menos dois anos, a chefe de Gabinete na Prefeitura de São Tomás de Aquino, Marília Teófilo iniciou a elaboração do Projeto Rota do Café.
O objetivo é utilizar o potencial e a vocação do município no agronegócio, para agregar valores de forma abrangente. Passa pela estruturação de produtores que queiram fazer parte do projeto, de modo que o dia a dia de cada um possa ser compartilhado com turistas, o que irá oportunizar a comercialização de seus produtos. Bom para quem produz e para o município como um todo, com geração de empregos e renda.
O Projeto Rota do Café elaborado por Marília foi pensado especificamente para São Tomás de Aquino, e em julho do ano passado o município passou a fazer parte do Circuito das Montanhas Cafeeiras, uma espécie de link para ser alavancado com a união de outras cidades com vistas a conquistas junto ao Estado, e Federação.
“Quanto à parte burocrática, de 15 municípios fomos o último a integrar o circuito, e o primeiro que se formalizou cem por cento, com lei aprovada pela Câmara Municipal, o que é um grande sucesso, grande vitória alcançada”, salienta Marília.
Sobre a criação da Rota do Café, ela explicou que “no período da pandemia a falta de fomento, geração de empregos e renda foi um grande desafio em nosso país, então, entendemos que valorizarmos o que já fazemos de melhor, com amor, poderíamos ajudar muitas famílias a prosperarem com o turismo rural”.
“Turistas estão em busca de atrativos como ar fresco, comida orgânica, experiências que possam vivenciar de verdade, que lhe causem sensações únicas, e além de observarem a nossa qualidade de vida, iremos lhes proporcionar aula prática de onde vem o café, do pé, à xícara. Poderão também aprender a fazer um doce no tacho de cobre, pão de queijo com queijo curado, torrar e moer um café de qualidade, entre outras experiências que a Rota do Café vai agregar. Temos produtores que além do café produzem queijos, doces, cachaças, e vamos enfatizar para o mundo afora como o mineiro acolhe bem”, salienta.
A proposta é oferecer passeios e cursos para aqueles que quiserem aprofundar conhecimentos sobre cafés especiais, desde sua origem, compreender a diversidade dos grãos de café, a ciência que está por trás dos preparos. “É fundamental, garantir a melhor experiência pra quem nos visita, e Minas Gerais acolhe de braços abertos. Quem vem para Minas Gerais quer conhecer nossa qualidade de vida, nossa rotina, e valorizam o que às vezes, nós que aqui estamos, não valorizamos”.
A consequência é o fomento de mais empregos, vamos disponibilizar aos produtores cursos de turismo rural, inglês, gestão financeira, gastronomia, certificação de produtos e marketing digital. Isto para que possam gerenciar com efetividade e recepcionar turistas da melhor forma possível.
Segundo Marília Teófilo isto já tem sido feito através de agendamento diretamente com o produtor, que informa quais dias terão disponíveis para as visitas, através do Instagram Visite São Tomas, parcerias com agências de turismo, indicações de amigos, familiares.
A Rota foi formalizada através do Conselho de Turismo COMTUR e criado o FUMTUR que é o Fundo de Turismo para receber e captar verbas para o município.
A lei da Rota do Café foi criada para proteger sua continuidade, e que tenha funcionabilidade, e não acabe por fatores políticos. “Foram dois anos de estudos, fizemos estratégias de como vamos atuar durante o ano, é um grande trabalho de equipe envolvendo vários parceiros como Emater, Senar, Universidade Federal: If Sul de Minas, entre outros.
Nesta semana, representando o Rota do Café, Marília participou em Belo Horizonte, junto com outros integrantes do Circuito Montanhas Cafeeiras, de visitas a deputados, solicitando apoio, expondo demandas e verificando como poderão ser solucionadas. “Participamos também do 4.º Encontro de Gestores Municipais da Cultura e Turismo, e dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais. Para ouvir e serem ouvidos, externando o que temos vivenciado”, disse.
Houve troca de ideias com representantes de outros municípios, para saber como trabalham e seus maiores desafios. “São Tomás sai na frente por ter a lei aprovada, com isso estamos auxiliando outros municípios de nossa microrregião os fazem parte do Circuito das Montanhas Cafeeiras, para legalizarem da melhor forma possível, sua Rota, e se estruturarem dando as mãos, porque sozinhos não somos ninguém”, finaliza.