Na última semana, um morador de São Sebastião do Paraíso procurou o Jornal do Sudoeste para relatar sua experiência depois de ter sido infectado com a dengue. O popular também fez críticas e questionamentos a respeito da forma com que a Prefeitura estaria lidando com o surto da doença na cidade.
O bancário Luiz Antônio de Queiroz, de 57 anos, é morador do bairro Jardim Coolapa e conta que contraiu dengue há algumas semanas e que sofreu com os sintomas da doença. Segundo ele, por vários dias ele sofreu com a febre alta, o vômito, dores pelo corpo, nos olhos e na cabeça, além da perda de apetite, que o baixou a sua resistência. “Fiquei afastado do trabalho. Foi uma experiência muito dolorosa e traumática”, conta.
Os sintomas da doença que acometeram Luiz Queiroz passaram depois cerca de uma semana, entretanto, ele afirma que ainda sofre com sequelas deixadas pela dengue em seu organismo. “As células do meu fígado foram atacadas e eu ainda estou fazendo acompanhamento médico, monitorando o meu quadro. Esse quadro da dengue é muito difícil”, relata o bancário.
Além do relato da experiência com a dengue, Luiz Queiroz também teceu críticas à prefeitura de São Sebastião do Paraíso pela forma com que ela estaria conduzindo o combate ao aedesaegypt. Desde janeiro, mais de mil casos confirmados já foram registrados no município. “Está nas nossas costas, como se a população fosse a única e exclusiva responsável por isso”.
Ainda segundo Queiroz, a prefeitura teria deixado de assumir o seu papel ao transferir a responsabilidade à população de evitar que o mosquito transmissor se prolifere. Ele afirma que as pessoas, sim, devem fazer a sua parte cuidando de seus imóveis, contudo, declara que a situação da dengue na cidade poderia ter sido outra se o município tivesse realizado fumacês para combater o aedesaegypt.
O popular afirma que a Administração “colocou a responsabilidade da falta do fumacê nos governos estadual e federal”, contudo, citou a prefeitura do município de Sete Lagoas que, conforme disse, “agiu rápido” e conseguiu fazer os fumacês pela cidade, evitando que o número de casos da doença aumentassem com a mesma proporção que aumentou em Paraíso”.
De acordo com ele, “aqui estão fazendo apenas a pulverização costal, que não resolve o problema. Com uma máquina maior, que consegue ‘jogar’ uma quantidade maior de fumaça, seria mais efetivo para matar esses mosquitos. Fiquei decepcionado com a nossa Administração”, conclui Queiroz.
Diante das críticas e apontamentos do cidadão, a reportagem do “JS” entrou em contato com o prefeito Marcelo Morais, que também ocupa o cargo de secretário municipal de Saúde.
O chefe do Executivo informou que enviaria uma nota com suas explicações e posicionamento. Entretanto, até o fechamento desta edição, a resposta ainda não havia sido entregue.