23 ANOS

Academia da Associação Shaolin de Kung Fu Mestre Cham completa 23 anos

Por: Nelson Duarte | Categoria: Esporte | 28-05-2023 20:31 | 1433
Professor Márcio Zaqueu tem buscado aperfeiçoamento e descoberta de novas técnicas
Professor Márcio Zaqueu tem buscado aperfeiçoamento e descoberta de novas técnicas Foto: Arquivo

A Academia da Associação Shaolin de Kung Fu Mestre Cham completou na primeira quinzena deste mês de maio, vinte três anos de atividades em São Sebastião do Paraíso. Fundada e dirigida pelo professor Márcio Luiz Zaqueu, a academia mais que formar atletas na milenar arte, se prima pelo princípio de formar “pessoas de bem, com caráter de cidadãos”. E nessas duas décadas foram mais de três mil e duzentos alunos que passaram pelo tatame da associação, à rua Tenente José Albino, 731.

Alguns se tornaram professores, mestres, instrutores. “Começam criança e quando chegam aos 17 anos, faculdades os levam, tornando-se advogados, dentistas, engenheiros, promotores e outras brilhantes profissões. Tenho a satisfação em dizer que nunca perdi, ou tive notícia de ter perdido algum aluno para as drogas”, salienta professor Marcio Zaqueu que chegou a Paraíso no ano 2000, ao recordar-se da apresentação de inauguração da Academia, no CSU 2 no Jardim Planalto.

Criado com o Mestre Cham desde os nove anos, em Ribeirão Preto, Zaqueu teve o privilégio de vivenciar os ensinamentos do grande mestre, com quem treinou por quarenta e três anos, experiência proveitosa que lhe resultou na conquista de medalhas em campeonatos no país e no exterior, inclusive na China, berço e referência em artes marciais, bem como em disputas em países da América do Sul. E esse talento tem sido passado adiante a várias gerações de alunos que foram e são destaques em várias modalidades.

Classificado para torneio internacional na Polônia em 2018, Mundial da China 2020, Marcio Zaqueu afirma que lutas das mais difíceis enfrentadas, foi a da pandemia de coronavírus, dois anos fora do tatame, quando o setor de educação física foi dos mais prejudicados. “Muitos faliram, e houve momento em que pensei fechar a academia. Por conta das restrições impostas, com ausência de alunos, as despesas com aluguel, água, luz, todas continuaram”, lembra. Mas felizmente as atividades foram reiniciadas, novos alunos e instrutores e professores estão sendo federa-dos à Federação Mineira de Kung Fu Wushu, órgão fiscalizador da modalidade.

Professor Zaqueu está montando equipe (10 a 15 alunos) para participar do Campeonato Mineiro de Kung Fu a ser realizado em junho, em Belo Horizonte, e pensa em também voltar competir. “Os dois anos parado me fizeram falta”, observa.

“Agradeço a todos que confiaram em nosso trabalho, a credibilidade que nos é dada por aqueles que acompanham nosso trabalho, para chegarmos até aqui”, ressalta Márcio Zaqueu, ao enfatizar o crescimento do Kung Fu e Tai Chi Chuan no Brasil, “almejando que se torne modalidade olímpica, e, em Paraíso, um futuro melhor em termos de apoio para competições de nossos alunos”.