O furto de equipamentos da rede elétrica é um crime que tem gerado grande número de ocorrências nas regiões Sul e Oeste de Minas e causado transtornos para as empresas públicas que ofertam serviços essenciais à sociedade e, principalmente, para a população. Nos últimos meses, por exemplo, ações criminosas desta natureza provocaram a interrupção da energia em municípios das regiões Sul e Oeste, como Areado, Alfenas, Botelhos, Guaxupé, Pratápolis, Jacuí, São Tomaz de Aquino, Fortaleza de Minas, Lagoa da Prata, dentre outros.
Na quinta-feira (3/8), o município de Pratápolis teve o fornecimento de energia interrompido por mais de duas horas, devido ao furto de equipamentos da rede elétrica. A ação criminosa afetou cerca de quatro mil clientes, prejudicando o funcionamento de comércios, indústrias, hospitais, postos de saúde e toda a população.
O gerente de Serviços Comerciais, Emergenciais e Manutenção Oeste da Cemig, Antônio César Lima dos Santos, explica que, além dos prejuízos financeiros causados à empresa por esse tipo de ação criminosa, a maior preocupação da Companhia é com os riscos que atitudes como essas podem ocasionar às pessoas. "Só nos últimos três anos, entre 2021 e 2023, a Cemig teve um prejuízo financeiro estimado, aproximadamente, em mais de R$4 milhões, em decorrência deste tipo de crime. No entanto, o que mais nos preocupa é a segurança da população. O furto de equipamentos pode deixar hospitais sem luz, trânsito sem sinalização e comércios sem poder funcionar, por exemplo, prejudicando a todos".
RISCO DE MORTE
Além dos transtornos causados pelas ocorrências no sistema elétrico, o furto de equipamentos da rede elétrica pode causar acidentes graves, provocando ferimentos irreversíveis como amputações de membros ou, até mesmo, levar a morte. "A rede de média tensão da Cemig trabalha com mais de 13 mil volts. As pessoas que se arriscam neste tipo de crime podem sofrer um choque elétrico muito forte e estão se expondo a um alto risco de morte", alerta o gerente.
DENÚNCIAS
Caso pessoas suspeitas e não autorizadas sejam flagradas entrando ou fazendo intervenções em postes e outros equipamentos dos clientes ou da Cemig, a orientação é que a população acione a Polícia Militar pelo telefone 190, além de procurar a Cemig