@geraldocampetti
Vós sois a luz do mundo; deixai brilhar a vossa luz! - Essa impactante declaração de Jesus, feita no Sermão da Montanha e registrada por Mateus, 5:14-16), nos convida a uma profunda reflexão sobre o nosso papel como seres humanos e nossa capacidade de iluminar o mundo que nos rodeia. A metáfora da luz, ao longo da história, evoluiu desde as humildes lamparinas da época de Jesus até os sofisticados recursos de iluminação dos dias atuais.
No contexto do Sermão da Montanha, Jesus estava ensinando a ética e o comportamento adequado aos seus seguidores. Ele os exortou a serem modelos de virtude e retidão, a serem como faróis brilhantes em um mundo frequentemente imerso na escuridão da ignorância e do egoísmo. Aqui, a luz simboliza a sabedoria, a verdade e a compaixão que devemos incorporar em nossas vidas e compartilhar com os outros.
As modestas lamparinas da época de Jesus eram fontes essenciais de luz, desempenhando um papel fundamental na iluminação de lares e caminhos. Assim, somos chamados a ser como essas lamparinas, trazendo nossa luz interior para iluminar as vidas daqueles ao nosso redor. Nossas ações, palavras e comportamentos podem servir como guias para aqueles que se encontram perdidos nas trevas.
A metáfora da "candeia" também é relevante, representando o recipiente que continha o azeite que alimentava a chama. Em nossas vidas, a candeia simboliza nossos corações e mentes, onde a luz da bondade e da espiritualidade deve ser mantida acesa. Devemos cuidar diligentemente da nossa candeia, nutrindo-a com amor, compreensão e humildade, para que nossa luz possa brilhar intensamente.
O "velador" desempenha o papel de zelador da candeia, assegurando que a luz não se apague. Da mesma forma, devemos apoiar e encorajar os outros a manter suas luzes acesas. Isso requer oferecer apoio emocional, orientação espiritual e solidariedade em tempos de adversidade.
O "azeite" é o combustível que sustenta a candeia e representa nossa conexão com o divino. Precisamos nutrir continuamente nossa espiritualidade e manter essa conexão sólida, pois é ela que mantém a chama da nossa luz interior. A oração, a meditação e a busca incessante pela verdade são meios de fortalecer nosso suprimento de azeite espiritual.
Dentro do contexto da visão espírita, conforme apresentada nas obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier, como as de Emmanuel e André Luiz, somos lembrados de nossa responsabilidade como espíritas-cristãos. Além de iluminar nossas próprias vidas, somos chamados a compartilhar os ensinamentos do Cristo e do Espiritismo com o mundo, servindo como faróis de esperança e amor em um mundo frequentemente tumultuado.
Neste período de transição planetária, à medida que a Terra avança das trevas para a luz, nosso papel se torna ainda mais crucial. É responsabilidade de cada um de nós contribuir para a implementação do Reino de Deus em nossos corações, buscando a transformação interior e agindo de maneira a promover a fraternidade, a justiça e a compaixão em nossa sociedade.
Tanto a ação individual quanto a colaboração institucional são essenciais nesse processo. As instituições espíritas desempenham um papel vital na disseminação dos ensinamentos espirituais e na promoção da caridade e do serviço desinteressado. Juntos, como indivíduos e instituições, podemos acelerar a transição para uma era de maior luz espiritual na Terra.
No entanto, é fundamental manter uma visão otimista de nossa jornada evolutiva. Apesar dos desafios que possamos enfrentar, estamos em constante progresso em direção a Deus, nosso Pai de Amor e Bondade. À medida que deixamos nossa luz brilhar, iluminamos não apenas o mundo ao nosso redor, mas também nosso próprio caminho de volta à fonte de toda luz e amor. Portanto, lembremos sempre das palavras de Jesus: "Vós sois a luz do mundo;
deixai brilhar a vossa luz!"
(Extraído do Site da Federação Espírita Brasileira)