Adrian Juliano Martins Herculano foi condenado a 33 anos de reclusão pelo Tribunal do Júri, sexta-feira (1/12), em Monte Santo de Minas. Jurados acataram argumento do promotor de justiça César Antônio de Lima, representante do Ministério Público, que o acusado matou a própria filha, Mirely, de cinco anos com requintes de crueldade, ateou fogo no corpo e tentou ocultar o cadáver, crime cometido no dia 12 de janeiro deste ano.
O promotor em sua peça acusatória argumentou que houve homicídio triplamente qualificado, pelo fato do acusado ter ocultado e vilipendiado o cadáver de sua filha.
O crime ocorreu no dia 12 de janeiro. Dizendo-se arrependido, cinco dias depois Adrian procurou o delegado Vinícius Zamó, e admitiu ter matado a filha, alegando que ela teria feito xixi no chão e ele não gostou, tendo lhe desferido um soco na cabeça, que teria provocado a morte da criança. No entanto, exames apontaram que Mirely pode ter sido torturada, pois na necropsia foram constatados vários ossos quebrados.
Conforme explicou, depois de matar a criança ele enrolou o corpo em uma colcha, chamou um carro por aplicativo, levou o corpo para a zona rural de Monte Santo e ateou fogo. Para dissimular, teria colocado palhas por cima.
A companheira de Adrian, uma mulher de 24 anos, que à época do crime também foi presa, o acompanhou. Como havia um atoleiro, o motorista não quis prosseguir. O casal desceu e prosseguiu a pé até o local onde o corpo foi deixado.
Adrian que tem extensa ficha criminal, fugiu para São Paulo onde ficou alguns dias, e esteve em Franca, antes de retornar a Monte Santo.
Ele havia requerido, e em novembro do ano passado, lhe foi concedida a guarda de Mirely, uma convivência de pouco mais de dois meses que acabou em tragédia.