2024 será inédito para a cidade de São Paulo, a única no mundo a receber as três principais categorias de campeonatos mundiais chanceladas pela Federação Internacional de Automobilismo: Fórmula E, Mundial de Endurance (WEC), e a Fórmula 1. É a primeira vez que uma metrópole recebe as três categorias no mesmo ano.
A Fórmula E desembarca pela segunda vez na capital paulista no dia 16 de março para a 4ª etapa do campeonato. A prova será realizada novamente no circuito improvisado do Anhembi, tendo o sambódromo como a reta de largada e chegada. Ano passado o e-Prix de São Paulo foi uma das melhores provas do campeonato com 114 ultrapassagens, e vencida por Mitch Evans, seguido por Nick Cassidy e Sam Bird.
Por falar na Fórmula E, a 10ª temporada da ainda curta história do Mundial de carros elétricos começa hoje com o e-Prix da Cidade do México, que terá largada às 17h e transmissão ao vivo pelo canal a cabo, Bandsport, e pelo canal do site Grande Prêmio no YouTube. A prova será disputada utilizando parte do traçado do Circuito Hermanos Rodriguez, o mesmo onde é disputado o GP da Cidade do México de F1. A temporada terá 16 etapas em dez locais diferentes e com seis cidades: Diriyah, Misano, Berlin, Xangai, Portland e Londres que terão rodada dupla. Do calendário do ano passado, saíram as etapas de Jacarta, Cidade do Cabo e Roma. E entraram Xangai, Tóquio e Misano. De última hora, a Fórmula E anunciou o cancelamento do e-Prix de Hyderabad, na Índia, relegando o calendário para 16 etapas, no que seria o mais extenso da categoria caso fossem mantidas as 17 provas inicialmente programadas.
Onze equipes e 22 pilotos disputam o campeonato, entre eles dois brasileiros, Lucas di Grassi, campeão de 2016, da equipe ABT, e o mineiro Sergio Sette Câmara, da ERT. Os carros da geração 3, também chamados de GEN3, que estrearam ano passado são os monopostos mais potentes, mais leves e mais rápidos já projetados na Fórmula E, podendo superar os 330 km/h dependendo da pista.
Depois de passar por São Paulo entre 2012 e 2014, problemas financeiros e um rastro de prejuízos deixados pelos antigos promotores do evento, afastaram o Mundial de Endurance (WEC) que voltará à capital paulista para a nova edição das 6H de São Paulo, agora promovida por Carlos Col, um dos homens responsáveis pela expansão e popularidade da Stock Car quando era promotor da categoria, e com um contrato de 5 anos, podendo ser renovado por mais cinco, até 2033. As 6H de São Paulo serão realizadas em Interlagos no dia 14 de outubro e será a etapa seguinte às 24 Horas de Le Mans, a principal corrida do campeonato e uma das mais importantes do automobilismo mundial. Cálculos da prefeitura paulistana estimam que o evento terá impacto de cerca de R$200 milhões para os cofres públicos da cidade e poderá gerar aproximadamente 5 mil empregos.
Por fim, o GP de São Paulo de F1, também em Interlagos, marcado para os dias 1, 2 e 3 de novembro. O Jornal do Sudoeste estava presente na coletiva de imprensa do ano passado em que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, acompanhado do CEO da F1, Stefano Domenicali, e do promotor da corrida, Alan Adler, anunciou a extensão do contrato entre a prefeitura e a Liberty Media por mais 5 anos, contados a partir de 2026. O atual acordo vai até 2025 e diante da demanda de novas praças para receber uma etapa do Mundial, Ricardo Nunes entendeu que não valia a pena correr o risco de deixar para última hora negociar a renovação. Portanto, são mais sete anos de F1 em Interlagos garantidos.
A temporada 2024 da F1 começa no dia 3 de março com o GP do Bahrein. Será o mais longo campeonato de todos os tempos na F1 com 24 corridas programadas, terminando no dia 8 de dezembro em Abu Dhabi. Haverá ainda seis corridas sprints, e Interlagos segue sendo a única pista a sediar uma minicorrida desde que o formato foi implantado na F1 em 2021.