A temporada 2024 da Fórmula 1 será a mais longa de todos os tempos com 24 corridas e entre elas, seis serão acompanhadas de corridas sprint que este ano passará por mudanças em seu formato para tornar o evento mais interessante. A verdade é que até agora, as sprints que surgiram em caráter experimental em 2021, acabaram sendo fixadas ao calendário da F1, mas ainda não mostraram a que veio e o formato não caiu nas graças dos fãs da categoria.
Todas as dez equipes começarão a próxima temporada com a mesma formação de pilotos com os quais terminaram o campeonato do ano passado. A Red Bull com Verstappen e Pérez, Mercedes com Hamilton e Russell, Ferrari com Leclerc e Sainz, McLaren com Norris e Piastri, Aston Martin com Alonso e Stroll, Alpine com Gasly e Ocon, Williams com Albon e Sargeant, Alpha Tauri (que deverá ter novo nome anunciado em breve) com Tsunoda e Ricciardo, Sauber (ex-Alfa Romeo e que oficialmente se chamará Stake até ser oficializada como Audi a partir de 2026) com Bottas e Zhou, e a Haas com Magnussen e Hulkenberg. É a primeira vez nos 74 anos de F1 sem que houvesse uma única mudança no cockpit dos 20 carros que alinharão para o grid de largada do GP do Bahrein, no próximo dia 03 de março.
Porém, 13 desses pilotos estão em seu último ano de contrato, o que deverá agitar o mercado de pilotos no decorrer da temporada. Mas enquanto a dança das cadeiras dos pilotos não começa, é a dos chefes de equipes que tem chamado atenção, algo que vinha passando despercebido até que o “Formula1 Stat Analysis”, um ótimo perfil com estatísticas e curiosidades a ser seguido no antigo Twitter, agora “X”, e no Instagram, fez um levantamento de todos os chefes de equipes que ‘dançaram’ nos últimos dois anos. Para surpresa, apenas Christian Horner no comando da Red Bull desde 2005, e Toto Wolff no da Mercedes desde 2014 - e ele acaba de renovar o seu contrato até o final de 2026 -, se mantêm em seus cargos. A partir daí, acredite, o chefe que tem mais tempo no comando de uma equipe é Mike Krack, desde janeiro de 2022 na Aston Martin. O então chefe de engenharia da equipe inglesa foi promovido para substituir Otmar Szafnauer que fora contratado pela Alpine, mas sua passagem pela equipe francesa foi curta e no ano passado foi substituído por Bruno Famin.
Nos últimos treze meses, sete equipes trocaram de chefe. Não é uma prática comum na F1 onde no passado houve chefes que dedicaram uma vida inteira às suas equipes. Eram os chamados garagistas, como Frank Williams, Ken Tyrrell e tantos outros. Até parece futebol; quando o time não ganha, troca-se o técnico. Foi o que a Ferrari fez no final de 2022 ao demitir Mattia Binotto, uma peça importante de seu staff técnico, mas que não funcionou como chefe de equipe que deu lugar a Fred Vasseur.
Durante a pandemia, algumas equipes optaram por atribuir as funções de chefe de equipe aos executivos, como foi o caso de Zak Brown na McLaren, Martin Whitmarsh na Aston Martin, Peter Bayer na Alpha Tauri, e Andrea Seidl na Sauber por terem uma visão mais ampla de todo o gerenciamento e funcionamento de uma equipe. Mas o pós-Covid tem mostrado que a nova tendência é promover o pessoal de engenharia e da área técnica, como tem acontecido com Mike Krack na Aston Martin, Andrea Stella na McLaren, James Vowles que saiu do staff técnico da Mercedes para assumir o comando da Williams, Laurent Mekies, que foi contratado junto a Ferrari pela Alpha Tauri para assumir o posto do decano Franz Tost que se aposentou ao final do ano passado, e por fim, Ayao Komatsu, engenheiro que está na Haas desde 2016, mesmo período em que também estava o agora demitido Guenther Steiner. E isso vem de encontro com as palavras de Gene Haas, o dono da equipe, que atribuiu a falta de resultados ao ex-chefe, Steiner, e alegou que “precisamos ser eficientes com os recursos que temos, mas melhorar nossa capacidade de design e engenharia é a chave para nosso sucesso como equipe.
A Haas, depois de um surpreendente 5º lugar em 2018, nunca mais passou do 8º lugar nos anos seguintes, e no ano passado terminou na última colocação. Foi a gota d’água para a demissão do acessível e carismático Guenther Steiner que desde o surgimento em 2016, foi um dos pilares de sustentação da equipe norte-americana na F1.