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QUANDO O CARNAVAL ERA SÓ um baile de fantasias

Por: Fernando de Miranda Jorge | Categoria: Cultura | 17-02-2024 00:06 | 183
Fernando de Miranda Jorge
Fernando de Miranda Jorge Foto: Reprodução

O Carnaval chegou ao Brasil durante o período colonial e manifestou-se, a princípio, por meio do ‘entrudo’, uma brincadeira muito popular em Portugal, que pegou por aqui.

O entrudo era manifestado por zombarias públicas, uma das mais conhecidas era o jogo dos banhos, molhadelas que consistia em usar frascos preenchidos com tipos de líquidos aromatizados ou malcheirosos, água suja de farinha ou café, para jogar nas pessoas que passavam desatentas pela rua.

A brincadeira de mal gosto era praticada dias antes da Quaresma, sendo extinta através de uma intensa campanha popular contra o ‘entrudo’. Nesse tempo cresciam os bailes de carnaval em Clubes, salões e nas casas residenciais chamadas festas fechadas. Mas, com bebidas várias, comestíveis e o saudoso e famoso “lança perfume”.

O ato de fantasiar-se durante a celebração do Carnaval, relaciona-se com a ideia da subversão dos papeis, de assumir temporariamente uma posição que não é a sua. Assim, as celebrações do Carnaval no passado, era comum que os homens se fantasiassem de mulher.

As fantasias e as máscaras em festividades são mais antigas do que o próprio Carnaval. Conforme relatos da época, participantes já usavam fantasias e máscaras. Aí, fantasiar-se, não é uma exclusividade do Carnaval. Enquanto os ‘blocos de rua’ reúnem multidões crescentes, as festas organizadas em ambientes fechados e particulares, minguaram e no interior do estado e em cidades pequenas, acabaram.

Ficaram as lembranças de como eram saudáveis e sãs. Em cidades maiores, os clubes ainda sobrevivem, dependentes das diretorias, que se revezam de tempo em tempo. As razões para a decadência das festividades nos salões, incluem fatores econômicos e sociais. “Çá Va Carnaval Jacuí”.

Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG
fmjor31@gmail.com