A F1 está de volta com o campeonato começando excepcionalmente neste sábado com o GP do Bahrein que completa 20 anos no calendário da F1. A largada será ao meio dia, com transmissão ao vivo pela TV Band. Em respeito ao Ramadã que neste ano começa no dia 10 de março, o GP do Bahrein foi antecipado em um dia para que a próxima corrida, na Arábia Saudita, também seja realizada no próximo sábado (9), um dia antes do início do mês sagrado para os mulçumanos. Mas antes da largada do 75º Mundial de F1, a coluna de hoje traz cinco tópicos que merecem ser observados durante a temporada…
Verstappen favorito! Todo mundo já estava cansado de ver Max Verstappen ganhar tudo no ano passado e quando a temporada chegou ao fim soou como alívio, na esperança de que as coisas possam mudar em 2024. Mas Verstappen segue como favorito ao tetracampeonato pelo que pudemos acompanhar nos testes de pré-temporada que culminou com uma frase de efeito de Fernando Alonso quando disse: “dezenove pilotos sabem que não vão ser campeões, e alguns podem sonhar em ganhar uma ou outra corrida”, referindo-se a Verstappen. E se as previsões se confirmarem, o maior responsável será Adrian Newey, o mais vitorioso de todos os projetistas da F1, que teve a ousadia de redesenhar um projeto que nem precisava tanto. A Red Bull terminou o ano passado muito à frente das outras equipes, e por mais que elas evoluíssem, dificilmente neutralizariam a diferença. De fato, todas copiaram o RB19 do ano passado, mas para não correr risco, Newey radicalizou no novo modelo RB20. Foi buscar inspiração no que não deu certo na Mercedes para tentar aumentar a vantagem da Red Bull. Como disse Andrea Stella, chefe da McLaren, “há um carro que parece ter dado um grande passo e infelizmente é o carro que já foi o mais rápido no ano passado”.
Alonso para ou continua? Quando a temporada terminar, Fernando Alonso terá completado 401 GPs de F1. Uma carreira longeva entre altos e baixos. Bicampeão em 2005 e 2006, Alonso poderia ter conquistado muito mais, mas sua personalidade, que já foi muito mais difícil de lidar, muitas vezes foi um gol contra. Aos 42 anos, esta pode ser a última temporada do espanhol na F1. Ele disse que vai esperar as primeiras cinco corridas para tomar uma decisão. O calendário inchado da F1 com 24 corridas não agrada ao espanhol. Mas há rumores de que Alonso pode ser o substituto de Lewis Hamilton na Mercedes em 2025, o que seria outra grande notícia para a F1 depois do anúncio de que o heptacampeão vai para a Ferrari no ano que vem.
Hamilton em seu último ano na Mercedes. A notícia caiu como uma bomba no início do mês passado quando Hamilton foi anunciado como piloto da Ferrari em 2025 depois de um longo período de sucesso com a Mercedes onde venceu 6 de seus 7 campeonatos e colecionou uma extensa lista de vitórias e pole positions desde que deixou a McLaren no final de 2012. Hamilton já havia jurado amor eterno à Mercedes, mas depois de dois anos ruins e sem vitórias, ele usou a brecha em seu contrato assinado em agosto, em que o segundo ano seria de sua opção. E Hamilton abraçou a chance de mudar de ares apostando na Ferrari. Mas como será o seu último ano na Mercedes? Por mais que haja uma sinergia entre as partes, chegará o momento da temporada em que ele não terá acesso a informações, e isso pode ser um problema principalmente se a Mercedes tiver um carro competitivo em condições de vencer corridas. Vai ser interessante acompanhar essa transição.
Temporada mais longa da história: Se nenhuma das 24 corridas for cancelada, esta será a mais longa temporada de todos os tempos na F1. O campeonato começa hoje no Bahrein, e terminará no dia 8 de dezembro em Abu Dhabi. Novamente haverá seis eventos com corrida Sprint que passa a ter novo formato com a classificação para a Sprint na sexta-feira, enquanto o sábado fica reservado à Sprint pela manhã e a classificação para a corrida de domingo à tarde. Os GPs da China (que volta ao calendário desde 2019), Miami, Áustria, Estados Unidos, São Paulo e Qatar terão a programação com corridas Sprint. A F1 vai passar por 21 países, terá três rodas triplas, 5 rodadas duplas, e percorrerá 127 mil km em viagens aéreas. Vai ser uma desgastante prova de fogo para quem viaja com a categoria a todas as corridas.
Mercado de pilotos: Pela primeira vez os mesmos pilotos que terminaram a temporada passada começam 2024 em suas respectivas equipes. Mas o mercado de pilotos promete ser agitado ao longo do ano. A mudança de Hamilton para a Ferrari abriu vaga cobiçada na Mercedes, e nada menos que 13 pilotos terão seus contratos vencidos no final do ano. E além da Mercedes, poderá haver outra vaga cobiçada na Red Bull caso Sergio Pérez tenha outra temporada decepcionante como em 2023.