O necessário para mudar de etapa? Por que e para que esperar? Deveremos ficar esperando ou ir atrás? Como aprender a esperar? Sei. Não é nossa culpa, ou será? Não é desculpa, ou será? Mas, a má distribuição com tanta riqueza por todo lado, não é nossa culpa, ou será?
Até quando esperar e não ser preciso pedir trocados para levar o que comer para casa. Ser igual, com as mesmas condições e oportunidades, até quando? Esperar a ajuda de "Deus". É. Não temos culpa por nada. Não temos culpa pela corrupção, ela chegou de vez pra valer. Instituci-onalizou-se. Ou temos culpa? Até quando esperar?
Se nada mudou e nem vai mudar, nada importa a ninguém ou ninguém se importa com nada. E para que dizer alguma coisa se é complicado dizer? Se já se perdeu "Mané" e tudo vai ficando para traz? Pois, é assim que funciona.
Um acontecimento ruim hoje, outro amanhã e outro e os primeiros são rapidamente esquecidos. Mas não é nossa a culpa, nem a desculpa. E mesmo que saibamos que muita riqueza que anda por aí, esteja em mãos de poucos e despreparadas pelo desgoverno e pela injustiça, pode ser culpa nossa ou não? Gritar por uma providência, mesmo que hoje, seja um dia qualquer, um dia seguido de outro como todos os outros, será?
Ainda assim, fico com os versos da composição "Um dia comum" de César Oliveira e Rogério Melo, interpretes de músicas tradicionais gaúchas: "Foi-se o tempo em que ter o que dizer serviu pra alguma coisa e encontrei sentido em manter passos que nada de novo oferecem ou esperanças de que tudo isso irá ter fim". Hoje não é um dia especial pra ninguém, só outro dia comum!
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG
fmjor31@gmail.com