Partida amistosa realizada na tarde de sábado (2) no Estádio Comendador João Alves entre ex-jogadores que integraram o elenco da “Mais Querida” nas décadas de 1980 - 1990, fez parte da comemoração dos 105 anos da Associação Atlética Paraisense, fundada em 5 de março de 1919 pelo coronel Alfredo Serra Junior.
A atual diretoria com mandato até junho, é presidida por Agnaldo Coelho, e o reencontro foi emotivo, na partida entre ex-atletas, times respectivamente vestindo verde e branco, e em seguida na confraternização onde partidas memoráveis e fatos marcantes, foram relembrados.
A equipe de uniforme branco formada por Paulão (goleiro), Gilberto, Elton, Emerson Capatti, Josmar, Douglas, Biju, Timbete, Cambola, Luiz Carlos Açucareira, Gilbertinho, Pintinho, Marcos Gorila e Telinho. A equipe verde jogou com Banana (goleiro), Juninho, Carlão, Fernando, Adenilson, Pinherinho, Ederval, Ariovaldo, Rodrigo, Dácio, Tales, Agnaldo, Lô, Gasolina, Tiago, Adeilton, Paraná, Maurílio, Paulo Roberto, Marcelinho Giacchero, Pio Eugênio, Fushilo e Sérgio Vilela.
Com gols assinalados por Timbete, Cambola (2), Pintinho, a equipe “uniforme branco” venceu por 4 a 1 a “uniforme verde” que teve seu gol marcado por Tiago.
Antecedendo a partida entre os ex-jogadores, aconteceram dois jogos, entre a Paraisense e o Nova Geração, equipes Sub-12 e Sub-14. Os times “da casa” foram derrotados por 4 x 2 e 8 x 0, respectivamente.
Equipes da AAP com atletas profissionais atuaram até o início dos anos 2000, e há mais de 20 anos não mais disputam campeonatos promovidos pela Federação Mineira de Futebol, com quem tem dívida, que segundo informações, pode chegar a R$ 70 mil. O alto custo para manter equipe e demais despesas, segundo diretores, inviabiliza atualmente se pensar em time profissional. “Nosso estádio não é aprovado para jogos oficiais”, salienta o presidente Agnaldo, ao explicar que a diretoria com união de esforços tem se desdobrado para deixar o “Comendador João Alves” dentro das exigências da FMF.
E tem sido graças à dedicação de diretorias que se sucederam que o Estádio Comendador João Alves foi mantido como o que restou do grande patrimônio material da AAP. À época o estádio necessitava de reformas por toda parte, além de dívidas diversas a pagar e documentação irregular. Foi um novo capítulo em sua história que se iniciou há mais ou menos vinte anos, graças a sua equipe de Veteranos, que continuou se reunindo para “bate-bolas” aos domingos. Dentre eles, alguns integrantes se desdobraram para colocar a documentação em dia, de vez que havia muitas pendências.
Além dos veteranos “Quarentão” e “Cinquentão”, o foco tem sido priorizar escolinhas para formação de equipes de base e gradualmente proceder melhorias no estádio, cujo gramado está um tapete verde.
Nestes 105 anos de existência, nos estádios, a Associação Atlética Paraíso tem uma história construída com equipes amadoras e profissionais que tiveram o condão de emocionar legiões de torcedores ao longo de sua trajetória, em festejadas vitórias, e sofridas derrotas. Fora das quatro linhas dos gramados, um patrimônio com diversos imóveis em área nobre, que foi aos poucos sendo dilapidado, restando como consolo, o Estádio Comendador João Alves.
A Associação Atlética Paraisense foi fundada em 5 de março de 1919 pelo coronel Alfredo Serra Júnior. Com o passar dos anos teve sua sede social em imóvel próprio na rua Dr. Placidino Brigagão, em frente à Escola de Comércio, hoje Colégio Objetivo, extensa área que se estendia à rua dos Antunes, onde foi construída piscina, o chamado Departamento Aquático, tempos depois incorporado pelo município na gestão do então prefeito Waldir Marcolini, onde atualmente é o Clube dos Funcionários Municipais. Outro imóvel, área entre a rua Geraldo Marcolini e a avenida Monsenhor Mancini, onde havia o chamado “buracão”, foi vendido na década de 1960. Nele, segundo era dito, o ex-presidente Fúlvio Guidi, que teve atuação destacada na história da Paraisense, tinha a intenção de construir um estádio. A área foi urbanizada.