Na semana em que o Brasil atingiu o número de 1,8 milhão de casos de dengue no ano, São Sebastião do Paraíso também viu seus índices aumentarem. Segundo dados do Departamento de Vigilância em Saúde, o município registrou 863 casos prováveis da doença em 2024, sendo que 523 (cerca de 60%) foram notificados somente nas últimas quatro semanas.
Segundo os dados, no período entre 18 de fevereiro e 15 de março, foram registrados no município 102 casos positivos da doença e 120 negativos. Além disso, 301 pacientes que procuraram o sistema de saúde com sintomas semelhantes aos da dengue ainda aguardam resultados de exames e 143 pessoas se recusaram a fazer o teste laboratorial.
Ainda de acordo com as informações, Paraíso se aproxima de 200 casos confirmados de dengue em 2024 e não há nenhum óbito em investigação, tampouco confirmado no município. Situação bem diferente de cidades vizinhas, como Passos, por exemplo, que já registrou mais de 2,5 mil casos confirmados da doença e investiga seis possíveis mortes.
Luciano Santana, coordenador do Departamento de Controle de Zoonoses, afirma a situação no município permanece controlada, graças aos esforços das equipes de combate a endemias, que tem agido em várias frentes em toda a cidade. Para se ter ideia do trabalho realizado, ele faz um paralelo entre 1º de janeiro e 15 de março de 2023 e 2024. “No ano passado, eram 1823 casos registrados. Neste ano, são 863”, aponta o servidor.
Contudo, Santana ressalta que a atenção das equipes e da população em relação à proliferação do Aedes Aegypt precisa ser redobrada nos próximos dias, devido às chuvas que estão previstas para a região. “Não podemos deixar de tomar cuidado e fazer nossa parte quando assunto é a dengue. Basta ver os números em outras cidades do estado e até mesmo e das cidades vizinhas. Em poucos dias, tudo pode mudar. Vamos continuar com o nosso trabalho e pedimos para que a população continue vigilante, fazendo a sua parte”.
Neste sábado, 23, a equipe da Vigilância em Saúde realiza mutirão de limpeza nos bairros Parque e Residencial Belvedere e Parque São Francisco. O objetivo é recolher dos quintais e terrenos baldios todos os materiais que possam acumular água e servir de criadouro para o mosquito transmissor da dengue.