Um menino de quatro anos de idade morreu na noite de quinta-feira, 18, em São Sebastião do Paraíso. Segundo publicação de um familiar em uma rede social, a causa da morte da criança teria sido dengue. Porém, o motivo do óbito ainda está sendo investigado pela Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com o prefeito Marcelo Morais, que também é responsável pela pasta da Saúde, Isack Gabriel Calixto, deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na quarta-feira, 17, com sintomas de dengue. A criança foi atendida por um médico, recebeu medicação e hidratação, além de submetida a um exame que confirmou a doença. Em seguida, ela foi liberada.
Diante do diagnóstico, a mãe de Isack recebeu, segundo o prefeito, a medicação para ministrar ao filho em casa juntamente com a orientação para hidratá-lo corretamente durante o período de recuperação. A genitora também teria sido informada que o filho deveria voltar à UPA para ser atendido por um pediatra novamente caso apresentasse piora em seu quadro clínico.
Na noite de quinta-feira, Isack deu entrada na UPA sem os sinais vitais. A equipe médica ainda tentou reanimar a criança, mas não obteve sucesso. Segundo o atestado de óbito, a causa de morte do menino foi uma broncoaspiração.
À reportagem do Jornal do Sudoeste, Morais explicou que, apesar do laudo médico, a morte da criança será investigada pelo Departamento de Vigilância em Saúde como suspeita de dengue pelo fato de ele ter sido diagnosticado com a doença. “Estamos trabalhando para investigar esse caso. Já estamos coletando todas as informações para verificar o que de fato aconteceu, pois a criança chegou à UPA já sem os sinais vitais”, completa o prefeito. O corpo de Isack foi sepultado no Cemitério da Saudade, em Paraíso, na tarde de sexta-feira, 19.
NOTIFICAÇÕES SE MANTÉM NA MÉDIA
Informações obtidas pelo “JS” junto ao Departamento de Epidemiológica mostram que os números de notificações de dengue em Paraíso - ou seja, aqueles em que pessoas procuram os sistemas público ou particular de saúde com sintomas semelhantes aos da doença – mantiveram dentro da média nas últimas quatro semanas, com uma leve queda.
Entre os dias 17 e 23 de março, foram registrados 253 casos suspeitos; entre 24 e 30 daquele mês, o número caiu para 214; de 31 de março a 5 de abril, foram 236 registros, e do dia 7 ao dia 13, mais 226 pessoas procuraram o sistema de saúde com sintomas de dengue.
Até a data (o próximo boletim epidemiológico será atualizado neste final de semana), Paraíso já havia contabilizado 653 casos positivos de dengue e 621 negativos. Além disso, 547 estavam em aberto aguardando resultado do exame laboratorial e 527 pessoas se recusaram a fazer o teste. Também há mais um óbito em investigação, além da morte do menino.
De 1º de janeiro até a semana passada, Paraíso havia registrado 1821 notificações por dengue, número inferiores aos de outros municípios da região, contudo, o prefeito Marcelo Morais declara não ver motivos para relaxamento nas ações de combate ao mosquito transmissor da doença, uma vez que tipo mais grave de dengue, que tem matado pessoas pelo País, já está circulando pela cidade. "As pessoas precisam ficar atentas, porque a situação não é confortável”, conclui.