FÁBRICA CLANDESTINA

Polícia Federal desarticula fábrica clandestina de cigarros em Paraíso

Por: Nelson Duarte | Categoria: Polícia | 10-07-2024 16:20 | 3103
Foto: Política Federal

A Polícia Federal deflagrou na manhã de ontem, terça-feira (9/7) a Operação Uncover, com o objetivo de reprimir a prática dos crimes de redução à condição análoga à escravos, contrabando e crime contra as relações de consumo. No cumprimento de mandados um dos alvos foi uma fábrica clandestina de cigarros em São Sebastião do Paraíso de onde foram retirados o maquinário da linha de produção, caminhões utilizados no transporte das mercadorias, 50 toneladas de tabaco in natura, insumos variados e mais de 1.500.000 maços de cigarros embalados para venda.

A fábrica clandestina funcionava na BR 265, galpões no perímetro urbano de São Sebastião do Paraíso, próximo ao entroncamento com a MGC 491. O material apreendido foi transportado por mais de dez caminhões, com escolta de policiais federais, para unidade da Receita Federal de Poços de Caldas.

A operação foi deflagrada por uma base avançada da Polícia Feral sediada em Umuarama (PR). Questionado pelo Jornal do Sudoeste se há um elo entre a fábrica clandestina de cigarros desarticulada nesta terça, com a que foi também desmontada em 4 de julho de 2016 por policiais militares mineiros, também na BR 265, o delegado federal Fabiano Fontanella disse não ver relação. “Não temos notícia que haja relação. É uma investigação autônoma que acabou novamente chegando no município de São Sebastião do Paraíso, por coincidência”.

Conforme disse Fontanella, o mandado de prisão se refere ao um morador de Passos, e foi cumprido.

A ação mobilizou o efetivo de cerca de 50 policiais federais, além de servidores da Receita Federal, no cumprimento de mandados expedidos pela 1ª Vara Federal de Guaíra.

No total, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nos estados de Minas Gerais e Paraná, além de ordem de sequestro de bens no valor de R$ 68 milhões.

Segundo as investigações, o grupo criminoso arregimentava cidadãos paraguaios através de contatos no país vizinho, e trazia os trabalhadores ao Brasil para laborar em uma fábrica clandestina de cigarros situada em São Sebastião do Paraíso.

As diligências apontaram que paraguaios adentravam em território nacional por via terrestre através da fronteira do Paraguai com o Paraná e eram conduzidos por integrantes do grupo até o local onde funcionava a operação. Durante todo o período de produção, os trabalhadores permaneciam restritos às dependências da fábrica e sem comunicação com o exterior, além de dormir em alojamentos precários. (com Informações da Comunicação Social da Polícia Federal no Paraná)