Em coletiva de imprensa na tarde de terça-feira, 6, em frente ao Paço Municipal de São Sebastião do Paraíso, Alex Rossetti, pré-candidato à prefeitura pelo Partido Verde (PV), falou sobre as controvérsias que surgiram após a tumultuada convenção da Federação Brasil da Esperança. A convenção, que resultou em confrontos físicos e desacordos significativos entre os partidos membros - PT, PV e PC do B - culminou na escolha de Rossetti e Alípio Mumic como candidatos a prefeito e vice, respectivamente, apesar da oposição explícita do PT.
Rossetti iniciou a coletiva detalhando o incidente ocorrido durante a convenção, enfatizando a existência de um vídeo que, segundo ele, mostra claramente que a agressão física partiu inicialmente de um membro do PT, e não do PV, como foi amplamente reportado. "Há um vídeo circulando que mostra de outro ângulo. E assim é perceptível quem começou a agressão. Inclusive esse membro do PV que foi agredido ficou com marcas de unha no braço", explicou Rossetti, questionando as motivações por trás da escalada da violência: "A quem está interessando tudo isso? Por que está todo esse palanque?"
Respondendo diretamente ao pedido de impugnação da chapa por parte do PT, Rossetti reforçou a solidez legal e o registro da sua candidatura, minimizando as alegações do Partido dos Trabalhadores como manobras políticas destinadas a desestabilizar sua campanha. "O PT, ele pode fazer o que ele quiser, essa ala pode buscar a justiça, pode buscar toda a situação que ele precisar. A nossa chapa está registrada e o Alípio e eu estamos firmes para a população de Paraíso".
Além disso, o pré-candidato contestou alegações de que a escolha de Mumic como vice teria sido unilateral, apresentando argumentos de que houve tentativas reiteradas de envolver todas as partes nas decisões. "Andrei [Paris, presidente do diretório municipal do PT] mostra seu e-mail então para a mídia ou a gente vai ter que mostrar o e-mail da federação? Convidamos você diversas vezes e não só no e-mail, mas também convidamos através de mensagens de aplicativos de mensagens e pessoalmente", confrontou Rossetti.
Questionado sobre o futuro da relação entre os partidos dentro da Federação Brasil da Esperança, Rossetti utilizou uma analogia para descrever a situação atual: "É a mesma coisa de olhar para uma casa onde você se dá bem com o vizinho, mas não com o pai do seu vizinho. É isso que está acontecendo e não vai deixar de ser meu vizinho não vai deixar entrar na coligação. Mas assim é a opinião dele. Nó vivemos em um país democrático. Ele (Paris) pode ter opinião que ele quiser, ele pode buscar a justiça pode buscar os recursos que ele quiser para solucionar isso. E está tudo bem".
A coletiva encerrou-se com pré-candidato à prefeitura reiterando seu compromisso com a campanha e com os eleitores de São Sebastião do Paraíso, prometendo uma campanha baseada em transparência e diálogo aberto, apesar das adversidades internas e externas que a chapa enfrenta. "Estou ansioso para o dia 29 (data do primeiro debate entre os candidatos à prefeitura) para me apresentar à população de Paraíso e mostrar quais são as minhas propostas", concluiu.