F1 entra na maratona final do campeonato
Por: Sérgio Magalhães | Categoria: Esporte | 19-10-2024 03:54 | 222
A F1 tem uma maratona pela frente que começa em Austin, com 6 corridas em oito finais de semana para decidir os títulos de Pilotos e de Construtores de 2024. A disputa entre Red Bull e McLaren ganhou uma apimentada nesta quinta-feira (17) com a FIA proibindo a Red Bull de manter um dispositivo que poderia modificar a altura de seus carros em relação ao solo entre a classificação e a corrida, o que é proibido pelo regulamento. A equipe afirmou que a peça instalada embaixo do carro era inacessível após o carro ser montado e estar pronto para ir à pista.
Max Verstappen disse que a peça tinha como objetivo apenas facilitar a mudança de configuração do carro quando ele estivesse desmontado, mas que isso não causará nenhum impacto no seu desempenho.
O regulamento da F1 proíbe qualquer modificação nos carros entre a classificação e a corrida, por isso eles permanecem em regime de parque fechado até momentos antes da largada.
Pode ser que de fato não tenha nenhum efeito, tanto que Verstappen não vence uma corrida desde junho, mas a Federação Internacional de Automobilismo acatou denúncias de outras equipes no final de semana do GP de Cingapura.
O GP dos Estados Unidos tem cara nova no grid, embora já tenha disputado cinco corridas no ano passado: Liam Lawson, neozelandês que substitui o demitido Daniel Ricciardo na equipe RB, de propriedade da Red Bull. Em 2023 Lawson já havia substituído Ricciardo que fraturou uma mão no GP da Holanda. Seu desempenho foi promissor e a Red Bull tinha uma dívida com o piloto em lhe dar um cockpit para 2025 sob o risco de perder o passe do jovem piloto de 22 anos. Outra novidade que a F1 traz, não tão visível aos olhos do público, mas que não pode passar despercebido é o início de uma parceria técnica entre a Haas e a Toyota. No bico dos carros da equipe norte-americana está colado o adesivo da “Toyota Gazoo Racing”, divisão esportiva da montadora japonesa que está de volta à F1, ainda que superficialmente depois de 15 anos. A Haas afirmou que o acordo com os japoneses não interferirá na parceria de longa data que a equipe tem com a Ferrari, que lhe fornece motor, câmbio, suspensão e suporte técnico.
Mas chega a ser estranho uma equipe que tem parceria com a Ferrari, formar outra parceria com uma rival da própria Ferrari no Mundial de Endurance. A Toyota esteve na F1 como equipe de fábrica entre 2002 e 2009 em uma passagem rápida e vexatória ao gastar um caminhão de dinheiro com um dos maiores orçamentos da época e tudo que conquistou foram 3 pole positions, 13 pódios e o 4º lugar no Mundial de Construtores de 2005. Mas a Toyota garante que não tem intenção de voltar à F1 como fornecedora de motores e tampouco como equipe.
A arrancada final da temporada depois de uma pausa programada de quase um mês, desde o GP de Cingapura, para fugir da época mais quente do ano no Catar, onde será disputada a penúltima etapa do campeonato no final de novembro promete ser agitada. Depois dos Estados Unidos, a F1 vai ao México no próximo final de semana, vem ao Brasil na semana seguinte e na sequência ruma para Las Vegas, Catar e Abu Dhabi encerrando o calendário mais longo da história da F1 com 24 corridas.
Este é um fim de semana de corrida Sprint que terá largada hoje às 15h valendo 8 pontos para o vencedor, e do 2º colocado para trás, 7,6,5,4,3,2 e 1 ponto até o 8º colocado. As outras duas Sprints que restam acontecerão em Interlagos e no Catar.
Max Verstappen lidera o campeonato de Pilotos com 331 pontos contra 279 de Lando Norris, e a McLaren o de Construtores com 516 pontos contra 475 da Red Bull que sofreu a virada no GP do Azerbaijão. Restam 180 pontos em jogo e tudo está indefinido, embora Norris precise descontar uma média de 8 pontos por corrida para alcançar Verstappen.
A programação deste sábado para o GP dos Estados Unidos ainda tem a classificação para a corrida do domingo logo após a Sprint, às 19h, e amanhã as luzes vermelhas se apagam às 16h para a largada da 19ª etapa do Mundial.