Nos dias 5 e 6 de novembro, às 20h, o Teatro da ACISSP, em São Sebastião do Paraíso, será palco de uma das histórias mais encantadoras do teatro musical: “A Noviça Rebelde.” Em comemoração aos 30 anos de sua história, a Oficina de Artes Cênicas Sebastião Furlan presenteia a cidade com uma montagem especial desse clássico, oferecendo ao público uma experiência que promete encantar e emocionar gerações.
Atualmente sob a direção de Kayho Rodrigues e Katia Mumic, a Oficina de Artes Cênicas Sebastião Furlan construiu uma trajetória sólida na formação de novos talentos. Com mais de 60 espetáculos montados e 700 alunos formados, a instituição tem sido um espaço onde jovens e adultos da cidade e da região desenvolvem habilidades artísticas que muitas vezes transcendem os palcos. “Este espetáculo marca não só o fechamento de um ciclo, mas a celebração de uma longa jornada dedicada à cultura”, explica Kayho Rodrigues, ressaltando que a apresentação de A Noviça Rebelde também tem um valor pessoal, pois ele próprio descobriu seu amor pelo teatro ao interpretar este musical em 2009. “Montar A Noviça Rebelde é muito mais do que apenas um espetáculo; é um retorno às minhas próprias raízes no teatro”, reflete o diretor. “Esse musical foi meu primeiro trabalho teatral, e revisitá-lo como diretor é uma forma de compartilhar com os novos alunos o impacto que o teatro pode ter na vida de cada um.”
A história de A Noviça Rebelde é inspirada na vida real da família Von Trapp, trazendo ao palco uma trama de amor, fé e resistência ambientada na Áustria pouco antes da Segunda Guerra Mundial. A jovem noviça Maria, cheia de alegria e amor pela música, é enviada para ser governanta dos oito filhos do Capitão Georg von Trapp, um oficial viúvo que impõe uma disciplina rígida aos filhos. Com seu jeito carismático, Maria transforma o ambiente sombrio da casa, ganhando o coração das crianças e despertando sentimentos no Capitão, que, aos poucos, se redescobre. “A Noviça Rebelde celebra valores atemporais como amor, liberdade e resiliência, temas que conectam o público de todas as idades”, acrescenta Katia Mumic, codiretora do espetáculo.
Para a adaptação, Kayho Rodrigues fez alguns ajustes no roteiro, incluindo a reorganização dos personagens para integrar os 29 atores da oficina. “Como o foco da Oficina é a aprendizagem teatral, eu queria que todos os alunos participassem da história. Excluí alguns números musicais e reduzi um pouco a duração, já que nossa cidade não tem tradição de espetáculos muito longos”, explica ele. A montagem reflete a missão da Oficina de proporcionar uma educação artística completa, dando a todos os envolvidos a chance de atuar em um clássico do teatro musical. “Trabalhar com A Noviça Rebelde é oferecer a cada um dos alunos uma vivência única, uma oportunidade de aprender e compartilhar valores por meio do teatro”, destaca Rodrigues.
Para Katia Mumic, “a celebração dos 30 anos da Oficina de Artes Cênicas Sebastião Furlan é mais do que um marco institucional; é o reflexo de uma comunidade que acredita na arte como forma de transformar vidas”. Ainda segundo ela, “o teatro educa, desperta sentimentos e transforma os alunos em cidadãos conscientes, com valores e respeito pela arte de representar. É uma ferramenta poderosa de formação pessoal e social, e queremos que cada apresentação inspire o público a refletir sobre a beleza da vida e da arte.”
O espetáculo não é apenas um momento para reverenciar a trajetória da Oficina, mas também para reconhecer a importância da cultura no desenvolvimento de São Sebastião do Paraíso. “A comunidade tem aqui uma oportunidade rara de prestigiar um clássico atemporal e apoiar o trabalho desses jovens talentos”, destaca Kayho, incentivando o público a participar desse evento que celebra tanto a obra quanto o legado da instituição. Os ingressos podem ser adquiridos com os próprios alunos, oferecendo um elo direto entre a comunidade e a próxima geração de artistas da cidade.
Por fim, os diretores afirmam que evento promete ser uma experiência envolvente, em que o público poderá, por alguns momentos, embarcar na jornada dos personagens, refletindo sobre valores como a coragem, o amor e a liberdade. Para São Sebastião do Paraíso, “A Noviça Rebelde é mais do que um espetáculo: é uma declaração de amor ao teatro e um convite para que a comunidade vivencie o poder transformador da arte”, conclui Kayho.