Minas Gerais não é conhecida tão somente por suas riquezas naturais e boa gastronomia. O modo de vida do interior, que remete a tranquilidade e a vida no campo, também são marcos dos mineiros e São Sebastião do Paraíso com a hospitalidade de sua gente, não é diferente. São estas terras e estes caminhos ideais para quem quer fugir da correria do dia a dia e descansar em meio ao campo, respirando um ar puro, curtindo as belezas naturais, as águas termais, batendo uma boa prosa e sentindo cheiros e sabores da encantadora culinária mineira rural. Tudo isso pode ser encontrado em terras paraisenses nos hotéis fazenda do município.
A vida contemporânea não é fácil, muita correria no dia-a-dia e muito estresse. São metas para cumprir, resultados para alcançar e a agenda sempre apertada. Chega um momento que queremos ter sossego, respirar um ar puro e curtir as belezas da natureza, ouvir o canto dos passarinhos, acompanhar a vida simples e desacelerada do campo e nos energizar para voltar aos desafios da vida moderna. Em outras palavras, turismo rural é o destino. É uma das melhores opções para quem quer conhecer tradições rurais, já que roteiro está marcado por várias opções de descanso ou mesmo lazer, recreação, passeios e aventuras. Além disso, o mercado possui passeios de fácil acesso e preços que cabem em todos os bolsos.
Se você sentiu que este é o seu caso, então, você deve buscar no turismo rural o caminho ideal para quem procura descansar. E São Sebastião do Paraíso possui lugares onde os visitantes podem se sentir no mais puro ambiente do campo, sentindo os verdadeiros cheiros e sabores das vilas e fazendas mineiras. O melhor do turismo rural reúne no município a tradição de ter as mais encantadoras e confortáveis fazendas, sejam elas produtivas ou tradicionais. O turismo rural é para as pessoas que querem vivenciar além da hospitalidade mineira, os causos, as lendas, as tradições, a gastronomia, os ofícios e tecnologias rurais.
Para quem procura o turismo rural a cidade possui as suas opções com as fazendas adaptadas para a recepção de visitantes e turistas. A tranqüilidade impera nas estradas de terra. Os hotéis fazendas reservam ainda a oportunidade de realizar passeios de cavalo ou de charrete, de passear de pedalinho em lagos, de tirar o leite fresquinho da vaca e de se surpreender com a gastronomia regional, sempre a beira de um fogão de lenha.
Embora a visitação a propriedades rurais seja uma prática antiga e comum no Brasil, apenas há pouco mais de vinte anos passou a ser considerada uma atividade econômica e caracterizada como Turismo Rural. Esse deslocamento para áreas rurais começou a ser encarado com profissionalismo na década de 80, quando algumas propriedades, devido às dificuldades econômicas do setor agropecuário, resolveram diversificar suas atividades e passaram a receber turistas.
O Turismo Rural pode ser explicado, principalmente, por duas razões: a necessidade que o produtor rural tem de aumentar sua fonte de renda e de agregar valor aos seus produtos; e a vontade dos moradores urbanos de encontrar e reencontrar raízes, de conviver com a natureza, com os modos de vida, tradições, costumes e com as formas de produção das populações do interior. Sendo assim, a conceituação de Turismo Rural fundamenta-se em aspectos que se referem ao turismo, ao território, à base econômica, aos recursos naturais e culturais, à sociedade, e ao campo afetivo.
Ele se define como o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade. As atividades turísticas no meio rural constituem-se da oferta de serviços, equipamentos e produtos de hospedagem, alimentação, recepção à visitação em propriedades rurais, recreação, entretenimento e atividades pedagógicas vinculadas ao contexto rural, outras atividades desde que praticadas no meio rural, que existam em função do turismo ou que se constituam no motivo da visitação.
A concepção de meio rural aqui adotada baseia-se na noção de território, com ênfase no critério da destinação da terra e na valorização da ruralidade. Assim, considera-se território um espaço físico, geograficamente definido, geralmente contínuo, compreendendo cidades e campos, caracterizados por critérios multidimensionais, como ambiente, economia, sociedade, cultura, política e instituições, e uma população com grupos sociais relativamente distintos, que se relacionam interna e externamente por meio de processos específicos, onde se pode distinguir um ou mais elementos que indicam identidade e coesão social, cultural e territorial.
Nos territórios rurais, estes elementos manifestam-se, predominantemente, pela destinação da terra, notadamente focada nas práticas agrícolas, e na noção de ruralidade, ou seja, no valor que a sociedade contemporânea concebe ao rural. Este valor contempla as características mais gerais do meio rural como a produção territorializada de qualidade, a paisagem, a biodiversidade, a cultura e certo modo de vida, identificadas pela atividade agrícola, a lógica familiar, a cultura comunitária, a identificação com os ciclos da natureza.
É a existência da ruralidade, de um vínculo com as coisas da terra. Desta forma, mesmo que as práticas eminentemente agrícolas não estejam presentes em escala comercial, o comprometimento com a produção agropecuária pode ser representado pelas práticas sociais e de trabalho, pelo ambiente, pelos costumes e tradições, pelos aspectos arquitetônicos, pelo artesanato, pelo modo de vida considerado típico de cada população rural.
A prestação de serviços relacionados à hospitalidade em ambiente rural faz com que as características rurais passem a ser entendidas de outra forma que não apenas focadas na produção primária de alimentos. Assim, práticas comuns à vida do campo, como manejo de criações, manifestações culturais e a própria paisagem passam a ser consideradas importantes componentes do produto turístico rural e, consequentemente, valorizadas e valoradas por isso. A agregação de valor também faz-se presente pela possibilidade de verticalização da produção em pequena escala, ou seja, beneficiamento de produtos in natura, transformando-os para que possam ser oferecidos ao turista, sob a forma de conservas, produtos lácteos, refeições e outros.
Considerado uma derivação do Turismo Rural, o termo Agroturismo é adotado em alguns locais, sendo respeitado os dois termos: Turismo Rural e Agroturismo. O que se denomina Agroturismo compreende as atividades turísticas internas à propriedade, que geram ocupações complementares às atividades agrícolas, as quais continuam a fazer parte do cotidiano da propriedade, em menor ou maior intensidade. O Turismo Rural, além do comprometimento com as atividades agropecuárias, caracteriza-se pela valorização do patrimônio cultural e natural como elementos da oferta turística no meio rural.
Assim, os empreendedores, na definição de seus produtos de Turismo Rural, devem contemplar com a maior autenticidade possível os fatores culturais, por meio do resgate das manifestações e práticas regionais como o folclore, os trabalhos manuais, os “causos”, a gastronomia, e primar pela conservação do ambiente natural.