196 ANOS PARAÍSO

Silhueta de uma história

Por: Redação | Categoria: Cidades | 21-10-2017 10:10 | 888
Foto: Reprodução

A lua adornava o verde esplendor da mata...
Fogueiras no descampado, fumaça subindo, o homem derruba a mata... o rancho, a fazenda, o luar em prata.
Família Antunes Maciel, em “Termo de doação, 1821”, capela de São Sebastião.
Gente chegando, povoado nascendo. Vila, Paraíso criança. Crescendo. 
Gente sonhando, gente sorrindo, no canto e no choro a nova terra.
Picadões, depois estradas, ruas, caminhões, carroças e carroções, pobres, ricos, aventureiros, reuniões e mutirões.
Casas, escolas, comércio, imigrantes, visionários, “Maria fumaça” apitando, chegada de missionários.
Festas, bailes, serestas, congadas, imprensa, paralelepípedos, palacetes, indústrias, Rotary, Lyons, Maçonarias, centros de lazer, asfalto, supermercados, colégios, emissoras de rádio e TV,  vídeo-clubes, bibliotecas, Faculdades e A.P.C.
E na arca da riqueza, em cascata verde-ondulante, as floradas do café se debruçam generosas.
A “Princesa do Sudoeste” estende o manto gigante, atapetando com ipês a paisagem das alterosas.
Parabéns às gerações que passaram, almas que sonharam, edificaram e se foram, sem ver os sonhos concretizados.
Às mulheres pioneiras, corajosas sementeiras, frutificadas, arrojadas.
À gente operosa, autoridades e lavradores, comerciantes e professores, artesãos para o progresso.
Aos poetas, jornalistas, escritores, artistas e doutores. Ao Grande Arquiteto do Universo.
Ano de mil oitocentos e vinte e um.
Cento e noventa e seis anos nos distanciam, dessa dinâmica e destemida engenharia.
Parabéns São Sebastião do Paraíso, “Cidade das Congadas e dos Ipês”.




DALILA M. CRUVINEL Membro da Academia Paraisense de Cultura