POLEPOSITION

Os dois lados da moeda

Por: Sérgio Magalhães | Categoria: Esporte | 28-10-2017 15:11 | 2721
Lewis Hamilton compartilha com Usain Bolt a marca registrada  do homem mais rápido do mundo
Lewis Hamilton compartilha com Usain Bolt a marca registrada do homem mais rápido do mundo Foto: Getty Images

Na primeira corrida disputada na casa dos novos donos da Fórmula 1, o grupo Liberty Media fez do GP dos Estados Unidos um espetáculo fora da pista, quebrando protocolos para aproximar a categoria do público.
Bem ao estilo do que os americanos gostam, a programação da corrida sofreu alterações para encaixar uma série de eventos extrapista. A começar pela apresentação do cantor Justin Timberlake, no sábado, que jogou o treino de classificação para o final da tarde antecedendo ao show musical. Antes da corrida, os pilotos foram apresentados em tapete vermelho, entre vapores de gelo seco, chamados por Michael Buffer, famoso narrador de lutas. Usain Bolt, o homem mais rápido do mundo, acenou a bandeira verde autorizando a volta de apresentação e depois entrevistou os três primeiros colocados no pódio, que teve as garrafas de champanhe, bonés dos pilotos na cor rosa, em referência à campanha ‘Outubro Rosa’. A Pirelli também aderiu à campanha trocando o roxo na lateral dos pneus ultramacios pelo rosa.
Na pista, o GP dos Estados Unidos foi uma das melhores corridas do ano, com Lewis Hamilton vencendo com a maestria de quem rege a beira da perfeição o conjunto mecânico da Mercedes. Hamilton precisa apenas de um 5º lugar, amanhã, no GP do México, para sacramentar o tetracampeonato por antecipação. A matemática é simples: Se Vettel vencer a corrida, Hamilton precisa apenas terminar em 5º. Caso Vettel chegue em 2º, basta ao piloto da Mercedes terminar em 9º. Qualquer outro resultado do piloto da Ferrari dará o título a Hamilton, independente de terminar ou não a corrida. Mas Hamilton quer mais, disse que seu plano é vencer, “não quero vir aqui e ganhar o campeonato terminando em quinto enquanto alguém está no lugar mais alto do pódio”.
Em Austin, Lewis completou 22 corridas consecutivas na zona de pontos, sequência que começou no GP do Japão do ano passado e de lá para cá seu pior resultado foi o 7º lugar, em Mônaco. Portanto, são grandes as chances de ele ser tetracampeão no México. E caso não dê, ainda restarão os GPs do Brasil, dia 12 de novembro, e o de Abu Dhabi, dia 26.
Agora, o outro lado da moeda. Depois do show proporcionado ao público pelos donos da Fórmula 1, e da corrida em si, os comissários da Federação Internacional de Automobilismo resolveram roubar a cena ao final da prova e puniram Max Verstappen na antessala do pódio com 5 segundos de acréscimo em seu tempo de corrida, perdendo o 3º lugar para Kimi Raikkonen que ele havia ultrapassado na última volta depois de largar da 16ª posição, penalizado pela troca de motor. 
Max excedeu o limite da pista com as quatro rodas para ultrapassar Raikkonen, o que é proibido pelo regulamento, mas trata-se de uma regra polêmica que muitas vezes há dois pesos e duas medidas. O GP dos Estados Unidos foi um desses casos. Desde os treinos da sexta-feira vários pilotos saíram com as quatro rodas do traçado e ninguém foi sequer advertido. E puniram Verstappen que fez uma corrida fabulosa. O jovem holandês de fato infringiu a regra, mas não quer dizer que tenha levado vantagem alguma, até porque, o próprio Kimi Raikkonen disse depois da corrida não saber o motivo de Verstappen ter sido punido. Os comissários causaram o anticlímax da corrida.
Este será o 18º GP do México, no tradicional Circuito Hermanos Rodriguez, com o treino classificatório, hoje, às 16h, e a largada da corrida amanhã, às 17h, novamente com tudo ao vivo apenas no canal SporTV. 



 



MÃO NA TAÇA
Outro que pode garantir o titulo por antecipação, já nesta madrugada (5h), na Malásia, é Marc Márquez, que abriu 33 pontos de vantagem sobre Andrea Dovizioso, na MotoGP.