E, na transitoriedade da vida, já vem chegando finados, quando os sinos evocam uma saudade natural dos que foram, deixando-nos um vazio de amorável ternura, pontilhada de suave melancolia!
Saudade… a presença dos ausentes em nossos corações, os lenços brancos de adeus na despedida, acenando para quem tanto amou na vida, quando o amor de tão puro, nunca teve que pedir desculpas ou perdão
Saudade… vontade de ver de novo, na miragem apaixonada do carnaval da vida, mas aquele olhar, aquele rosto, se tornam bolhas coloridas de ilusões, e não voltaram mais… nunca mais!
Que nesse dia, predomine o silêncio para não acordar o sono da tristeza, levantando em nós um bando de recordações saudosas…
Nem mais estamos usando a tarja negra do passado, nem mais nos vestimos de preto, como antigamente, mas no recôndito profundo de nossos corações, há sempre a verdade do poeta:
“Luto preto é vaidade,
para quem se traja a rigor.
O meu luto é a saudade,
e a saudade não tem cor!”.
Adeus!
Olavo Borges