Em sua quarta participação em campeonatos mundiais, o mestre em artes marciais, Márcio Zaquei, novamente trouxe direto da China duas novas conquistas: medalhas de bronze nas categorias mãos livres e espadas, disputadas no 7º Campeonato Mundial de Kung Fu que ocorreu entre os dias 9 e 11. A conquista representou o resultado de todo um sacrifício que se iniciou antes mesmo da viagem à cidade de Emei-Shan, onde ocorreu a disputa.
O atleta partiu rumo ao campeonato no último dia 2 e chegou a Paraíso na madruga de sexta-feira (17/11), foram mais de 40 horas de viagem, entre partida e chegada, mas o sacrifício, conforme destaca com sorriso, valeu a pena. Zaqueu integrou uma comitiva de cerca de 30 atletas, mas estava previsto a participação de pelo menos 70, no entanto, falta de patrocínio e questões relacionadas a trabalho de uma parte impediu que esse grupo numeroso compusesse a delegação que participou do campeonato.
Márcio se diz sem palavras para expressar o contentamento com a organização do evento e que qualquer coisa que disser sobre ainda seria menos do que realmente foi, mas resumiu tudo em uma palavra: impecável.
"Um evento que participa mais de 50 países, cerca de 3 mil atletas, é uma organização de dar inveja para muitos organizadores de qualquer evento porque realmente eles fazem algo impecável, tudo certinho, dentro dos horários que são cumpridos a risca. É um evento que você sente orgulho de participar e estar representando, naquele momento que está tocando os hinos dos países, você ouvir o do seu país é muito gratificante, emocionante demais", ressalta.
O atleta também aproveitou para visitar lugares históricos na China. Ele conta que, apesar de já ter visitado grande parte desses locais, sempre é um emoção nova poder voltar e sentir toda a história por trás daqueles monumentos e cidades.
"Uma parte do passeio na China é o governo que oferece aos atletas, até mesmo para estimular o turismo no país. Todos os lugares que você vai é muita história, muita cultura e tudo muito bonito", destaca. Ele cita entre as visitas a Cidade Proibida, a cidade de Xi"na, famosa pelo imortal exército de terracota, e a Muralha da China. "Cada lugar que você vai é uma história e sempre que você volta é mais rico em saber toda essa cultura oriental da China", destaca.
Marcio conta que agora existe a possibilidade de participação do campeonato Sulamericano no Peru, no próximo ano, mas que ainda não é certeza sua participação. Ele também deve acompanhar a participação de seus alunos que conseguiram ouro em Campeonato Brasileiro da categoria na seletiva para disputar os campeonatos que acontecem em 2018. "Também vou continuar com os trabalhos que já venho fazendo, que é levar essas crianças para o caminho do bem, porque o mundo está difícil", acrescenta.
O atleta também agradece a colaboração de todos que o ajudaram na realização desse sonho. "Tenho muito a agradecer ao Leonardo da Matsuda, ao Ailton Sillos por meio da Acissp; ao deputado Carlos Melles; o doutor Renato Rossi que fez todos os meus exames, que temos que levar e passa por um tradutor oficial que avalia para autenticar; tive apoios de empresas como Mambrini e o Luciano Chaveiro; pessoas que me ajudaram na organização de um evento para arrecadar recursos e pais de alunos que também contribuíram bastante", completa.