Obras de arte para o embelezamento do ambiente. Assim podem ser definidas as três estátuas que por muito tempo ornamentaram o acesso a um dos salões do Clube Paraisense em seus áureos tempos. Depois de muitos anos desaparecidas, as obras em homenagem a Paz, a Sabedoria e a Liberdade foram reencontradas e parcialmente danificadas. Pelas mãos da artista plástica Delminda Stepanenko, foram restauradas e devolvidas à direção do clube. “É um grande resgate, da memória e da história que conseguimos reaver e estamos estudando como vamos utilizá-las”, comenta José Maria Malagutti, presidente do clube.
As estátuas são consideradas uma verdadeira relíquia se levado em conta a delicadeza de sua construção. Suas origens atualmente são desconhecidas, mas a história, principalmente vivenciada pelos moradores mais velhos da cidade apontam que elas são muito antigas. “Elas ficavam na porta de entrada do salão social do clube e eram muito admiradas por todas as pessoas que passavam por elas e marcou a vida de muitas gerações de paraisenses que as admiravam”, comenta José Maria.
Assim como boa parte do patrimônio do clube foi dilapidado, as estátuas também foram alvo da má administração. “O clube ficou acéfalo por muitos anos, muita coisa sumiu e hoje não sabemos mais o paradeiro”, conta o diretor. Com as três estátuas a história não foi diferente e por um período o seu paradeiro foi incerto, até que com o retorno do clube para as mãos de pessoas de bem e comprometidas em preservar a história as peças foram restituídas.
Conforme José Maria, há pouco tempo é que foi descoberto o destino de onde as estátuas estiveram por longo tempo. O professor César Cardoso de Souza Neto foi quem guardou as estátuas e recentemente as restituiu ao clube. “Felizmente o professor César teve esta delicadeza e cuidado, pois, do contrário seria algo a mais como tantas coisas que tivemos aqui no Cube Paraisense que foram vendidas, que desapareceram e que não sabemos o paradeiro”, relata.
Uma vez devolvidas as estátuas, foi preciso realizar um trabalho de restauração das peças que ao longo do tempo acabaram sendo danificadas. “Contamos com o apoio da artista plástica Delminda Stepanenko que com muita generosidade fez a restauração, as recuperou e há poucos dias nos devolveu para a nossa alegria”, comemora o presidente.
José Maria disse que as obras até já foram requisitadas para serem mostradas na Loja Maçônica. “Ainda não sabemos ao certo o que faremos e onde elas vão ficar, mas estamos contentes em tê-las de volta e recuperarmos mais um parte da história e memória do nosso querido Clube Paraisense”, finaliza.