O pré-candidato ao Governo do Estado de Minas, Márcio Lacerda, presidente do PSB de Minas Gerias e do Conselho Frente Nacional de Prefeitos, esteve reunido na manhã de quarta-feira (13/12), no Teatro Municipal Sebastião Furlan, onde se apresentou a convidados, entre eles representantes de classes, secretários municipais, vereadores e servidores públicos, e falou sobre os desafios que os gestores tem enfrentado atualmente e os principais desafios para a recuperação da gestão pública dos municípios e do Estado.
Quem fez as apresentações iniciais foi o ex-prefeito Mauro Zanin, que destacou as dificuldades enfrentadas pela Prefeitura de São Sebastião do Paraíso frente à falta do governo federal e de Minas com os municípios de todo o Estado e ressaltou o trabalho que Walker Américo tem feito para que Paraíso volte a crescer, relembrado a situação que o atual prefeito pegou o município. "Mesmo o município sendo um grande responsável dos serviços públicos, aqui nós buscamos cumprir aquilo que é função pública mesmo sendo um município de arrecadação per capita que não é diferenciada, pois não temos grandes negócios, o que fomenta muito a arrecadação local", destacou.
Márcio Lacerda, que já foi prefeito de Belo Horizonte em 2008 e reeleito em 2012, apontado pelos institutos Datafolha e Ibope como o melhor prefeito do Brasil entre as capitais, conhece bem a realidades dos municípios e comentou a situação precária que o Estado e as prefeituras de todos os municípios de Minas têm enfrentado. Ele atribui a situação à falta de gestão e aplicação de forma ineficiente dos recursos, já escassos, em áreas como segurança, saúde e educação.
Márcio já visitou mais de 100 municípios com o objetivo de conhecer todo o Estado de Minas. Ele disse que Paraíso é situado em uma região maravilhosa, com produção competitiva na agricultura. "Minas é diversa, tem realidade em todos os tipos, é importante para quem está na política e queira concorrer a um cargo público, conhecer todas essas diferenças, as suas vantagens, desvantagens, dificuldades, soluções, potenciais, demandas e então estar mais preparado para discutir o desenvolvimento regional de Minas Gerais. Estou a cada dia enriquecendo mais o conhecimento para ter propostas responsáveis para o futuro de Minas Gerais", ressaltou.
Márcio citou que além da experiência como prefeito de BH, passou por cargos importantes dentro do governo federal, estadual e foi empresário por quase 30 anos. Ele destaca que dessa trajetória, a experiência que pode levar para o Governo de Minas, se eleito for, é a composição de uma boa equipe, com pessoas comprometidas com o trabalho. "E ter um bom diagnóstico e planejamento responsável e detalhado do que é possível fazer dentro de um ano, dois e assim por diante, além de mobilizar a cidade, os colaboradores das prefeituras para se fazer cumprir essas metas do cuidar das pessoas, porque a população quer, principalmente a de menos recurso, ter acesso a serviços públicos de qualidade".
Lacerda falou ainda sobre a situação do Brasil traçando um paralelo com Minas. "Não há projeto, que é feito com as lideranças responsáveis e que deveriam estar sentando para fazer um pacto mínimo sobre aquilo que beneficiaria a todos. Essas pessoas que tem esse poder a nível nacional deveriam estar conversando mais para melhorar qualidade de vida à população brasileira.", acrescenta.
Sobre a crise financeira enfrentada pelos municípios, Márcio disse que os prefeitos têm o poder de construir uma boa equipe. "Apesar das carências no orçamento, dos atrasos do governo federal e Estado, é preciso chamar a população para mais próximo da prefeitura, dialogar com os vereadores e escolher as prioridades. Já que o dinheiro está mais curto, o que é mais importante fazer? Essa é a base da política e da democracia em ter uma gestão mais participativa. A boa notícia, eu realmente não esperava encontrar isso, mas encontrei nessas 110 cidades visitadas desde junho, a quase totalidade delas elegeram e reelegeram bons prefeitos que têm feito um bom trabalho", destacou.
O desafio caso assuma o Governo de Estado será grande. Conforme citou durante o a reunião, Minas é um dos Estados brasileiros em pior situação financeira, ao lado do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Para ele não tem segredo para se trabalhar com a realidade hoje enfrentada pelo governo de Minas.
"É montar uma boa equipe, porque o Estado de Minas atualmente não tem. Minas é um país de 500 mil km², com 20 milhões de habitantes e uma produção que se equipara a Colômbia e Chile, mas não tem uma boa equipe e, portanto, não usa bem os recursos que têm no sentido, não só de atender as emergências, mas de planejar o futuro. Como consequência o recurso que é escasso não produz bons resultado; o Governo precisaria reduzir despesas, gastar menos em muita coisa que não é necessária, mas principalmente cuidar mais para ter mais investimento privado e geração de emprego, e para isso é preciso diminuir a burocracia, melhorar o funcionamento dos órgãos que atendem os investidores e que não acontece", completa.