Leito desativado de ferrovia poderia ser avenida perimetral
Por: Sebastião Tadeu Ribeiro | Categoria: Cidades | 26-12-2017 10:12 | 5308
Um dos maiores absurdos, aberrações, e pode sim ser chamado de ato criminoso, foi a desativação e abandono de inúmeras estradas férreas por este Brasil afora.
A maioria delas, abandonadas ou melhor dizendo, dilaceradas, propriedade dos governos estaduais e federal, portanto pertencentes ao poder público, administradas por governos incompetentes e mal intencionados.
No caso das linhas férreas que passavam no perímetro urbano e rural de São Sebastião do Paraíso pertencia à Fepasa, Ferrovias Paulista S.A., propriedade do Governo do Estado de São Paulo.
Até o final dos anos 70 a Fepasa transportava passageiros, linha passava por São Sebastião do Paraíso e ia até Passos, e era interligada a São Paulo, capital. Parou de transportar passageiros e somente transportava cargas, sendo o maior volume a partir de Itaú de Minas. Mas também, infelizmente, em meados dos anos 80 encerrou suas atividades aqui pelas bandas do Sudoeste Mineiro e grande parte do Nordeste Paulista.
Este lamentável e imperdoável fato mencionado neste preâmbulo, é para dizer aos responsáveis pelo patrimônio da Fepasa e também às autoridades dos poderes Executivo e Legislativo paraisense que está acontecendo novamente dentro do perímetro urbano de Paraíso a construção clandestina de edificação residencial no leito da extinta linha férrea da Fepasa.
O local da evasão fica entre os bairros São Sebastião e Residencial Vila Verde, na Zona Norte do perímetro urbano paraisense.
Mencionamos autoridades paraisenses porque a ocupação é irregular, onde o poder público poderá em toda a extensão do leito da antiga linha férrea que se inicia na Avenida Brasil, no Parque São Judas Tadeu até o Bairro Nascente do Paraíso, isto no perímetro urbano, construir uma avenida. Facilitará, e muito o acesso aos bairros São Judas Tadeu, São Sebastião, Azul Ville, Residencial Vila Verde e Nascente do Paraíso. Também aos bairros Vila Helena, Maria Italiana, e ligação com o Jardim Califórnia, do outro lado, acima do Córrego Rangel.
Vários moradores procuraram o Jornal do Sudoeste para dizer que não concordam com a invasão, porque além de não haver infraestrutura adequada para beneficiar o invasor, irá trazer sérias consequências tanto para o invasor como também atrapalhar o desenvolvimento urbano daquele setor de Paraíso, alegam, e com razão, os denunciantes.
Referido trecho desativado e abandonado é um local que pode e seria de bom alvitre se transformar em avenida que vai facilitar o trânsito de veículos, pedestres e proporcionar o desenvolvimento urbano, maior valorização dos bairros que margeiam o leito da antiga ferrovia.
Mais um importante e sério fato que deve ser analisado conjuntamente pelos poderes Executivo e Legislativo municipal e também por membros da Comissão do novo Plano Diretor para tratar e melhorar a vida dos paraisenses.