CALOTE
O Governo Federal, leia-se presidente Michel Temer, deu o maior tombo na maioria dos prefeitos dos quase 5.500 municípios brasileiros. Após acordo anunciado em novembro em que passaria neste ano recursos de R$ 2 bilhões do Auxílio Financeiro aos Municípios (AFM), no apagar das luzes de 2017, deu para trás e descumpriu o que havia prometido e compromisso pactuado. Na tarde de quinta-feira, 28, veio a notícia bomba que deixa prefeitos que aguardavam o repasse em maus lençóis, sem condições de fecharem suas contas do ano e pagar funcionários, credores e fornecedores. A verba pode vir em 2018, como moeda de troca em relação ao apoio de deputados para a reforma da previdência. Na região seriam injetados cerca de R$ 5 milhões, sendo quase R$ 700 mil em Paraíso.
PALANQUE
Em tempos de eleições alguns políticos costumam marcar ponto na cidade. Algumas visitas já ocorreram neste ano de alguns deputados como Noraldino Júnior, Aelton Freitas e Sargento Rodrigues e Eros Biondini entre outros. Quem esteve nesta semana debutando nas congadas, foi o deputado Emidinho Madeira, ciceroneado pela vice-prefeita Dilma Oliveira. Desta vez ele não ficou no espaço destinado aos reis, rainhas e princesas do Congado, como no ano passado. Na época gerou mal estar danado entre congadeiros.
REPENSAR
Por falar em Congada seria interessante que os responsáveis pela organização repensassem a realização da festa. Durante a semana muito se falou a respeito da volta do concurso entre os ternos. Na realidade a reflexão poderia ser muito mais profunda. Continuam cânticos desconexos para políticos e pessoas que nada têm a ver com as Congadas. A verdadeira tradição e religiosa está ficando cada vez mais distante, sem contar outras questões. Há muito Paraíso deixou de ser a capital da Congada e não se compara o evento com os maiores do Brasil, sendo superado por Olímpia (SP), Aparecida (SP) e outras do interior de Minas e Goiás.
BATALHÃO
A notícia da implantação do tão almejado Batalhão de Polícia Militar em São Sebastião do Paraíso, foi muito bem recebida, de vez que é antigo pleito junto ao Comando da corporação. A resolução assinada pelo coronel Helbert Figueiró de Lourdes, alterou a estrutura organizacional e o detalhamento e desdobramento do Quadro de Organização e distribuição da Polícia Militar de Minas Gerais. Anteriormente o 43.º Batalhão era sediado em Governador Valadares, e doravante passa a ser em Paraíso. Segundo cópia do documento que o “JS” teve acesso, as unidades administrativas e operacionais constantes na resolução, terão 30 dias para se ajustarem ao sistema.
CAFÉ
Com problemas nos volumes de café conilon, representantes das indústrias chegaram a pedir permissão ao Governo para importar o grão. No entanto, o deputado federal Carlos Melles (DEM/MG) que preside a Frente Parlamentar Mista do Café, alerta quem fizer isso corre risco do café não entrar no Brasil.
SANIDADE
Ele argumenta que o produto pode ficar barrado no porto, legalmente, até apresentar todos os laudos de sanidade. A justificativa e de que a pessoa pode estar importando um café com doença e um café de qualidade muito inferior ao que existe no Brasil. Isso é um dumping, afirmam os especialistas . O deputado completa oferecendo como solução a colocação de mais café arábica no blend, que é muito superior. O parlamentar diz que criou-se um problema sem precisar, é o tal de procurar pelo em ovo.
ELEIÇÕES 2018
O bloco de oposição em Minas liderado pelo PSDB e integrado por PTB, PDT, PP e DEM está chegando a 2018 fragilizado por fissuras e incertezas, com dois candidatos batendo testa (Pacheco e Dinis) e nenhum bem posto nas pesquisas. A situação é tão difícil que o partido de Aécio e Anastasia já corre o risco de ficar de fora do segundo turno para governador do Estado, pela primeira vez em 20 anos. De fato, se as eleições fossem hoje, todos os levantamentos apontam que Pimentel passaria à final com Marcio Lacerda, do independente PSB, partido que mantém relação cordial com o PT e está alinhado à centro-esquerda, campo oposto ao dos tucanos.
INDEFINIÇÃO
As incertezas na oposição começam pelo candidato ao governo. Dinis Pinheiro e Rodrigo Pacheco dividem ou compartilham os apoios no bloco PSDB/PTB/PDT/PP/DEM de tal modo que não dá para saber quem é o preferido. Para confundir ainda mais, os dois empatam nas pesquisas. E assim, rachado ou perdido entre duas candidaturas, o bloco vai caminhando para a derrota já no primeiro turno.
QUEDA DE BRAÇO
Em meio à indefinição, os membros do bloco começam a se desentender, a exemplo do DEM, onde a campanha ao governo já causa atritos. A cúpula democrata nacional ofereceu a legenda para Pacheco. Este topou se filiar ao partido, mas quis o controle do diretório mineiro para se garantir. Uma exigência que esbarra na resistência do presidente do DEM-MG, Carlos Melles, antigo amigo e aliado de Dinis. E vai rolando a queda de braço.
ATRASADOS
O governo de Minas Gerais informou na tarde de quinta-feira que concluiu o repasse de 100% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para os 853 municípios mineiros. Segundo a Secretaria de Estado da Fazenda, foram depositados R$ 326 milhões referentes aos atrasados das semanas anteriores. De acordo com a nota enviada à imprensa, o repasse do Estado para os municípios somou, em 2017, R$ 11,34 bilhões. Este valor representa um aumento de R$ 1,02 bilhão, ou 9,8%, a mais em relação a 2016.
NEGOU
No entanto, a Associação Mineira de Municípios (AMM) informou que no final da tarde de quinta-feira o valor ainda não havia caído na conta dos municípios. Foi confirmado o repasse no dia 26 deste mês, de R$ 170 milhões e, no dia 27, pagou R$ 450 milhões, que correspondem a uma parte do que deveria ter sido pago no dia último 19. A entidade protesta que não foi completado o 100% de quitação. Mais ainda que o valor referente aos juros e à correção monetária ainda não foram pagos. Estes valores referem-se apenas a débitos do ICMs, sem considerar o montante da Saúde e Educação.