O desemprego voltou a mostrar a cara em novembro e em Paraíso não foi diferente. Segundo dados divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), no mês passado, mesmo com os primeiros contratos de trabalho firmados a partir da reforma trabalhista, o município fechou vagas com carteira assinada. O saldo negativo foi de -24 vagas no período sendo o setor da indústria da transformação o recordista de demissões.
Segundo o Caged Paraíso fechou o período de novembro com saldo negativo de -24 vagas. No ano o município acumula saldo de 3,27 com variação positiva. Foram admitidos no mês passado 447 trabalhadores e demitidos 471. No ano são 6602 postos de trabalhos gerados contra 6.055 dispensados. O saldo final é de 547 positivo, considerado um dos melhores na região.
Ainda sobre novembro o setor da indústria de transformação foi o que apresentou o pior resultado. Foram 52 oportunidades encerradas, enquanto que a agropecuária teve saldo de -8 e a construção civil que continua perdendo fôlego teve -4 vagas disponibilizadas. Por outro lado, o comércio teve saldo positivo abrindo 37 vagas, valor que ainda não contabiliza os números de fim de ano, a partir de dezembro quando as lojas funcionam em horário especial. O setor de serviços também teve saldo positivo de três vagas.
As estatísticas contradizem as promessas e expectativas feitas pelo Governo logo que as novas regras entraram em vigor. Considerando o crescimento da economia estimada em até 3% no ano que vem o governo segue otimista com a recuperação do setor. A intenção é de poder gerar mais postos de emprego a partir de 2018. Há quem defenda que a queda da oferta de emprego nada tenha a ver com a reforma trabalhista.
As estimativas segundo o governo não incluem possíveis impactos da reforma trabalhista em abertura de contrato sobre novas modalidades, como trabalho intermitente ou jornada parcial. O impacto virá da melhora do ambiente proporcionada pela aprovação da reforma, mas a previsão não contempla novos contratos.