O município de São Sebastião do Paraíso recebeu nesta semana, o resultado das amostras de três macacos encontrados mortos no final do ano passado. As análises comprovam que nenhum dos animais morreu por febre amarela.
Em outubro do ano passado, o Departamento Municipal de Vigilância em Saúde registrou a morte de três macacos, sendo dois na zona rural e um na área urbana. Os corpos dos animais foram recolhidos e encaminhados para análise na Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte, a fim de saber se a morte dos primatas tem a ver com o vírus da febre amarela.
Os resultados dos exames chegaram no início deste mês e todos deram “não detectável”, ou seja, negativos.
Além de descartar as suspeitas das mortes dos macacos por febre amarela e não ter nenhum caso confirmado da doença, o município de São Sebastião do Paraíso já atingiu uma cobertura vacinal de 98%, para o público de nove meses a 59 anos. A porcentagem preconizada pela Secretaria de Saúde é de 95%.
Por recomendação do Estado, a Vigilância em Saúde fará a intensificação da vacinação contra a febre amarela na zona rural. Todas a propriedades serão visitadas para imunização de seus moradores.
A coordenadora da Vigilância em Saúde, Daniela Cortez, ressalta a importância da vacinação, considerando que o transmissor da febre amarela é o mosquito Aedes aegypti e que o município hoje está com um índice de infestação de 9,3%, enquanto o preconizado para controle do vetor é inferior a 1%.
“Muitas pessoas confundem pensando que o transmissor da febre amarela é o macaco, mas na verdade é o mesmo mosquito que transmite a dengue. Ele pica o macaco doente e depois transmite para as pessoas. A orientação é para que a população receba apenas uma aplicação da vacina contra a febre amarela ao longo da vida.
Para as crianças, a vacina é dada aos nove meses de idade. Os adultos que não foram imunizados devem procurar a sala de vacinação mais próxima”, explica.
Daniela alerta ainda que, em caso de morte de macacos a população deve informar à Vigilância em Saúde pelos telefones 3539-1040 ou 3539-6030, para que o animal seja recolhido e encaminhado para análise.
Especialistas recomendam que a população não manipule ou retire o animal do local.