Um protesto contra valores cobrados no litro do combustível em Paraíso, no início da noite de segunda-feira (5/2) mobilizou dezenas de motoristas e motociclistas que percorreram postos de combustíveis em São Sebastião do Paraíso. Segundo levantamento, e que vem sendo acompanho pelo Jornal do Sudoeste, o litro da gasolina está entre os mais caros de Minas Gerais.
A mobilização foi convocada via redes sociais durante a última semana e segundo estimativa contou com a presença de mais 150 condutores de carros e motos. Por volta das 18h, houve concentração em frente ao Parque de Exposições João Bernardes Pinto Sobrinho (Expar), onde os manifestantes se organizaram e definiram por quais locais iriam passar.
Cada manifestante pedia para abastecer, de forma simbólica, com valores entre R$0,30 e R$1,00. Durante o ato, os motoristas e motociclistas foram até postos e chamaram a atenção com buzinas e palavras de ordem. Segundo informações dos organizadores, nenhum posto se recusou a atender os populares e nenhuma ocorrência foi registrada.
Para o mototaxista Tiago Freitas, o movimento teve uma adesão bastante positiva e o intuito fui justamente chamar a atenção para os preços que têm sido considerados bastante abusivos pelos consumidores. “Agora é ver se o ato surtirá algum efeito com o caminhar dos dias em relação ao preço dos combustíveis. Foi um ato muito produtivo e organizado, temos muito a agradecer também a Polícia Militar e Guarda Municipal que acompanhou todo o protesto para que não houvesse problema no trânsito”, conta.
Pesquisa realizada em janeiro apontou que o litro da gasolina em Paraíso chegou a ser comercializado a R$ 4,70 - cerca de R$ 0,20 a mais do que era cobrado em dezembro de 2017. No fim do último mês, os postos de Passos, por exemplo, reduziram o preço de seus combustíveis, enquanto os estabelecimentos paraisenses mantiveram os valores.
“Eu acredito que vamos conseguir atingir o nosso objetivo. Demonstramos que estamos bastante unidos e que não são três donos de postos que mandam na cidade, a sociedade é muito maior que três pessoas”, completa Tiago.
O movimento percorreu pelo menos seis postos de combustíveis da cidade. Ao abastecer, manifestantes solicitaram nota e cupom fiscal. A expectativa dos organizadores é que novo movimento seja organizado em breve, caso preços persistam nos próximos dias.