SEMPRE REJEITA PROPOSTA

Assembleia do Sempre rejeita proposta da Prefeitura de reajuste de 2,5%

Categoria abriu mão do ganho real de 5% e pede pelo menos reajuste acima da inflação
Por: João Oliveira | Categoria: Cidades | 10-02-2018 10:02 | 763
Foto: Reprodução

Em assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Sebastião do Paraíso (Sempre) na quarta-feira (7/2), a categoria rejeitou a proposta da prefeitura de reajuste de 2,5%. Na pauta de reivindicação, o sindicato pedia pelo menos aumento de 5% mais o reajuste acima da inflação do período, que foi 2,97%. Diante da situação, servidores optaram por entender as dificuldades enfrentadas pelo município e decidiram por pedir pelo menos reajuste 3% e abriram mão do ganho real de 5%.
"Foi uma assembleia muito positiva e entre os itens, há quatro que os servidores não abrem mão: pagamento em dia, em respeito a legislação trabalhista, tanto para os servidores da ativa, quanto aposentados; o reajuste salarial proposto pelo prefeito foi rejeitado e já que existe uma suposta crise financeira, e sabemos que a crise é na verdade política, compreendemos a situação e pedimos ao menos o reajuste inflacionário, que foi de 2,97%, então arredondamos para 3%, nada absurdo, que atrapalhe e acredito que o Executivo tenha até condições de ampliar um pouco", destaca a presidente do Sempre, Maria Rejane Tenório.
A categoria também não abre mão da promoção de carreira. Segundo a presidente do Sindicato, essa promoção, desde que foi adotada pelo município, só aconteceu uma vez e há servidores que estão na prefeitura há mais de 20 anos e nunca receberam promoção. Já havia a expectativa para que essa reivindicação fosse atendida ainda em 2017, mas agora servidores querem que isto seja atendido ainda este ano.
Segundo Maria Rejane, outra reivindicação que a categoria também não abre mão é o reajuste do vale-alimentação. Conforme explica, atualmente o vale é de aproximadamente R$159, e a categoria quer que seja alterada lei para que esse valor possa ser negociado entre a entidade de classe e a prefeitura. "O índice é sempre o menor e não dá nem R$8 reais sobre o valor do vale-alimento, o que não ajuda muito porque quando vamos ao mercado não cobre. A categoria não abre mão para que isso possa ser negociado e que o aumento seja de pelo menos R$80 a mais, que iria para a R$239", acrescenta.
Representantes do sindicato devem se reunir em breve com o prefeito para negociar o resultado da assembleia. "O servidor tem sido compreensivo ao longo dos anos, mas não achamos justo somente ele pagar por isto. Todo governo que entra tem crise, e somente a população e os servidores sofrem com as consequências. Então, a Assembleia também sugeriu que a administração faça seu dever de casa, corte na própria carne, não dos servidores, porque isso já vem sendo feito há muitos anos. Entra gestor, sai gestor, e é categoria que sofre as consequências".
Em seguida aconteceu outra assembleia para decidir sobre o desconto sindical que passou a ser opcional após nova legislação trabalhista. Rejane explica que esta questão está sendo discutida na justiça, já que para os órgãos de classe defendem que por ser prevista na Constituição Federal essa contribuição, a alteração feita na CLT seria inconstitucional e até que situação se resolva, foi orientado aos sindicados a promover assembleias para decidir sobre o desconto. A maioria optou pela não contribuição para este ano.
"Nós respeitamos a decisão e o Sindicato em si não será afetado, mas o movimento, a prestação de serviços para os próprios servidores ficarão um pouco comprometidas, mas graças a Deus o nosso Sindicato é muito estável, nós temos fôlego ainda porque foi muito bem administrado ao longo dos anos, então estamos tranquilos enquanto a isto. Porém, durante o ano, o trabalhador, não somente os servidores, irão observar o valor do Sindicato e o que o governo fez. Com o amadurecimento, verão a importância da união e em colaborar com o único órgão que os defende", completa Maria Rejane.