Quem passava pela rua Piauí, nos fundos do presídio de São Sebastião do Paraíso podia apreciar a horta cultivada por presos, cheiro verde, brócolis, alfaces, cenoura, almeirão, rúcula entre outras verduras que davam o colorido no trabalho, que beneficiava os presos com a remição de suas penas.
O que se vê hoje é o retrato do abandono, o mato tomou conta dos canteiros e toda área se transformou num matagal. Um morador próximo ao presídio, que pediu para não se identificar disse que “é uma tristeza, ver que por muitos anos existia essa plantação, com os presos trabalhando. Eu passava e sempre os cumprimentava e falava com o agente naquela guarita, e hoje está assim” Falou também da preocupação da vizinhança com a segurança e o pior, focos de mosquitos da dengue, já que tem várias caixas de água que estão jogadas lá no terreno abandonado.
Outro problema e a fragilidade na segurança da unidade, pois o mato da forma que se encontra pode começar a ser usado como esconderijo para os indivíduos jogarem drogas, celulares e armas para o presídio como acontece em outras unidades, comentou o morador.
Quem também se prejudicou com o abandono da horta foram entidades que recebiam as doções, como Lar Pedacinho do Céu, Acca, Apae, igrejas e outras entidades que se beneficiaram das plantações.
A reportagem tentou um contato com atual diretor da unidade, Sérgio de Assis, mas não conseguiu falar. Por duas vezes a informação é que estava em reunião, e em outras três ligações “não se encontrava na unidade”.
A informação que foi repassada é que Assis não reside em Paraíso, e assumiu recentemente a direção, e que a portaria não tem autorização para informar o número do celular. Foi informado apenas nome do diretor.