Yago Henrique Lovo Santos, de 8 anos, ao lado do mestre em artes marciais, Márcio Zaqueu, será um dos 104 lutadores de Kung Fu Wushu que devem integrar a Seleção Brasileira de Kung Fu Wush para a disputa do campeonato sulamericano da categoria, no Uruguai em maio deste ano. Apesar do desafio superado, a luta mesmo será conseguir recursos para poder representar São Sebastião do Paraíso e Minas Gerais neste que é um dos mais importantes campeonatos da categoria.
Conforme Zaqueu, o treino seletivo foi muito puxado, com dois dias inteiros de intenso treinamento, mas que trouxe resultados bem positivos tanto para ele, quando para o aluno que promete ser uma referência do esporte para Paraíso. "Isso mostra que todos os nossos esforços estão sendo válidos, porque se classificar e ver um aluno tão jovem também ser classificado é muito gratificante. Ele é um aluno muito aplicado, muito dedicado aos treinamentos e tem apoio familiar que também é muito importante", destaca o professor.
Zaqueu destaca que poder fazer parte da Seleção é uma conquista muito honrosa, principalmente para alguém tão jovem. Porém, os desafios mesmo começam após essa conquista, já que os gastos com viagem para participação do campeonato geralmente são muito elevados. "Um aluno assim deveria ser mais valorizado, o problema agora é conseguir participar do campeonato", acrescenta o professor.
Em setembro do ano passado, o pequeno prodígio encarou um calor de mais de 35 graus em Cuiabá (MT), para participar do 28º Campeonato Brasileiro de Kung Fu/Wushu. Apesar da pouca idade, essa não foi sua primeira experiência, o que rendeu ao garoto duas medalhas de ouro e uma de prata, classificando-o assim para seletiva para integra seleção brasileira da categoria. Se participar da disputa e mantiver o rendimento, o jovem poderá vir a ser convidado para também disputar o mundial, que acontece na Bulgária.
"Ele ainda tem chances de integrar equipe para o mundial em novembro. Tudo isso é muito positivo, mas ao mesmo tempo triste, porque não é fácil realizar uma viagem desta e se você não a leva, acaba frustrando a criança. Os pais, por mais apoio que deem, não têm condições de arcar com uma viagem desta, porém iremos atrás para ver o que conseguimos até lá", ressalta.
Apesar do desafio, a conquista é um orgulho muito grande para o professor, que pensava em nem participar da seletiva, mas acabou indo e se classificando. "É uma criança de um nível muito bom, aplicado e é mais uma conquista para se comemorar e uma história para ser contada", completa Zaqueu.