Mais uma vez a questão de pagamento de rescisões e atraso de salários de servidores voltou a ser tema de debate na Câmara Municipal, desta vez motivado por ofício encaminhado à Casa pela presidente do Sindicado dos Servidores Públicos Municipais de São Sebastião do Paraíso (Sempre), Maria Rejane Tenório, onde relata resultado da agenda positiva com o prefeito Walker Américo, e afirma que, apesar da disposição do prefeito em atender a categoria, não são estipulados prazos, o que tem preocupado servidores. Marcelo leu trecho da ata da reunião e fez duras críticas ao prefeito.
Conforme disse Rejane, a reposição salarial proposta a categoria está longe de ser o ideal e necessário. “Entendemos que as respostas à pauta, apesar da boa vontade do Executivo, ficaram vagas , uma vez que não foi fixada data para cumprimento da mesma. Lamentavelmente estamos vivenciando momento crítico em nosso país e nosso município não fica de fora. Não acreditamos e não aceitamos que exista crise financeira no Brasil, e sim, crise política e institucional. Mas, como sempre, os servidores e a população são os maiores prejudicados”, ressaltou Rejane
A presidente do sindicato também lamentou a falta de interesse da população e também dos servidores em lutar pelos seus direitos. “Temos a certeza que a solução está nas mãos do povo, mas infelizmente vivemos na era das redes sociais (sem desmerecer sua importância) levando a população a viver no comodismo e não lutar por seus direitos, isso inclui os nossos servidores. Enquanto órgão de classe, estamos no cumprimento do nosso dever, porém, sem a participação maciça dos servidores não temos como avançar mais, vez que também não podemos contar em parte com o Poder Judiciário”, acrescentou a servidora.
Marcelo chamou atenção para o item três da pauta, onde o sindicado pede para ser efetuado o pagamento das horas extras em atraso e das rescisões até março de 2018. Conforme voltou a lembrar, foram feitas inúmeras cobranças neste sentido pelos pares, principalmente para que haja planejamento. O presidente da Casa leu trechos da ata da reunião entre o prefeito e o Sempre, onde Walker disse que “espera o incremento de R$ 2 bilhões que o governo prometeu enviar aos municípios para conseguir sanar grande parte ou totalidade das rescisões em atraso”.
Walkinho cita que “vários projetos de lei que ajudariam a prefeitura a sanar o problema de salários atrasados, como a proposta da venda de terrenos e o PGV estão parados na Câmara Municipal”. A citação reacendeu debate no plenário, e o presidente da Casa disse que consultaria o jurídico da Câmara sobre a possibilidade de representação contra o prefeito, uma vez que ele “estaria jogando a Casa contra o Sindicato, dizendo que inviabilidade do pagamento de rescisões e salários atrasados seriam por conta de projetos parados na Casa”.
A reportagem do Jornal do Sudoeste entrou em contato com a Prefeitura para abordar o assunto, mas foi informada de que o prefeito Walker preferia não se pronunciar.