ÁRVORES

Substituição de árvores em situação de risco é um processo gradativo, diz secretária do Meio Ambiente

Por: João Oliveira | Categoria: Cidades | 28-02-2018 09:02 | 4060
Reduzir o mínimo possível os impactos ambientais na Praça da Saudade
Reduzir o mínimo possível os impactos ambientais na Praça da Saudade Foto: Nelson P. Duarte/Jornal do Sudoeste

O temporal que causou diversos prejuízos em São Sebastião do Paraíso no final da tarde da última sexta-feira (23/2) e levou a queda de algumas árvores que derrubaram muros e danificaram veículos pela cidade chamou a atenção à necessidade do corte e substituição de árvores que representam riscos e até mesmo uma atenção especial para saúde de espécies mais antigas. 
De acordo com a secretária municipal de Meio Ambiente, Yara de Lourdes Souza Borges, a secretaria tem um plano de arborização para fazer a substituição das árvores que está sendo realizado gradativamente, para reduzir o mínimo possível os impactos ambientais. Ela cita que na Praça da Saudade, onde aconteceu um dos casos mais graves na cidade, já tinha sido autorizado o corte e substituição de algumas espécies e que alguns foram realizados e outros não porque existe todo um planejamento a ser seguido. 
Yara cita como exemplo outros locais onde também existe a necessidade de corte e substituição das espécies, como na Santa Casa. "Enxergamos que algumas espécies precisarão ser substituídas, mas o impacto disto é muito grande. Nós estamos fazendo esse trabalho, que já tem um número significativo, tanto que nem usamos o termo cortar, mas sim substituição", ressalta a secretária.




A secretária de Meio Ambiente diz que a pasta tem se empenhado para realizar esses trabalhos e que já enfrentou diversas polêmicas. "Porém, desempenhamos nosso papel mediante ao risco eminente e enfrentamos as situações. Tem alguns casos de árvores que caem e que às vezes sequer estão em nossa lista de risco iminente, mas que estão para ser substituídas sem urgência. Todavia alguns casos são fatalidades que acontecem por causa das velocidades dos ventos que são muito fortes", explica a secretária. 




Yara diz que na avenida Itália e da Praça da Saudade, por exemplo, onde aconteceu casos de quedas de árvores, são árvores que passaram por autorização do Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental (Codema) e estavam para ser substituídas, assim como em outras áreas no município em mesma situação.
"Já foi feito o levantamento para o plano de arborização, principalmente onde já tínhamos conhecimento dessas árvores mais velhas que não são espécies adequadas para perímetro urbano, e há outras que os fiscais vão aos locais e estão sempre observando, ou mesmo quando chegam reclamações e denúncias comunicando sobre árvore que estão oferecendo risco ou mesmo que acreditam apresentar alguma ameaça. Nós nunca deixamos de atender as solicitações", afirma.
Sobre o trabalho de recuperação das espécies mediante situação de árvores atacadas por parasitas, a secretária de Meio Ambiente diz que isto algo complexo e que demanda um gasto financeiro que o município não dispõe para realizar de momento. 
"Às vezes o problema é na própria raiz e nem sempre é possível detectar isso. De momento o que temos feito é a substituição das espécies que são necessárias, mas tratamento direcionado para recuperação não, por conta de falta de recurso", lamenta.
No entanto, este trabalho não é descartado pela secretária, que diz ser uma pretensão da pasta. "Acreditamos que assim que iniciarmos o nosso licenciamento ambiental e já com o Fundo Municipal de Meio Ambiente, iremos conseguir recurso para desenvolver um trabalho nesse sentido", completa Yara Borges.