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Profissionais de Odontologia fazem curso de capacitação em Paraíso

Por: Roberto Nogueira | Categoria: Saúde | 24-03-2018 15:03 | 2068
A Fiscal Sanitária, Paula Maria Silva, foi uma das palestrantes do evento
A Fiscal Sanitária, Paula Maria Silva, foi uma das palestrantes do evento Foto: Roberto Nogueira

Em toda atividade odontológica, tão importante quanto o aprimoramento técnico e científico é a conscientização dos riscos de contaminação durante o atendimento odontológico. A cada dia, pesquisas vêm demonstrando que, em todos os instrumentos odontológicos, dos mais simples aos mais sofisticados, esconde-se um universo de microrganismos patogênicos. Esta foi a tônica de uma capacitação realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, da Prefeitura de São Sebastião do Paraíso voltada para os profissionais de odontologia.
O trabalho foi realizado em uma sala do setor de Ciência e Tecnologia, na manhã de quarta-feira (21/3). Segundo as estatísticas da Organização Mundial de Saúde, ¼ dos pacientes que vão aos consultórios levam consigo inúmeras doenças que podem ser transmitidas a outros pacientes ou ao dentista e sua equipe. Isso faz com que os profissionais de odontologia ocupem o terceiro lugar entre os profissionais infectados. Dentre as doenças encontramos a catapora, conjuntivite herpética, herpes simples, herpes zoster, mononucleose infecciosa, sarampo, rubéola, pneumonia, papilomavírus humano, HIV, tuberculose, além das hepatites tipo C e B, as quais os dentistas são respectivamente, 13 e 6 vezes mais suscetíveis de contrair.
Conforme a coordenadora de Vigilância, Débora Talita Dantzger Torresilha Vasconcelos, foi necessário realizar a capacitação para treinar os profissionais para a segurança deles e também dos pacientes. “Tivemos diversas abordagens em relação ao emprego dos equipamentos, a questão da biosegurança também foi outro tópico abordado, bem como a legislação aplicadas aos consultórios para efeito de fiscalização e inspeção entre outros aspectos”, enumera. Estes assuntos foram abordados nas duas palestras realizadas que têm por objetivo a prevenção, a segurança e a qualidade dos serviços prestados junto à comunidade.
O consultório odontológico é um ambiente altamente contaminado, seja por bactérias vindas da boca do paciente, pelas mãos dos cirurgiões-dentistas e assistentes, por gotículas eliminadas durante os procedimentos, pelo aerossol contaminante ou pelos instrumentos e equipamentos contaminados. É  uma atividade que expõe os pacientes, a equipe, o próprio cirurgião-dentista e indiretamente seus familiares às mais diversas doenças infecciosas.
Estes detalhes foram apontados na palestra de Patrícia Cristina de Paula Bícego. “Fizemos um trabalho de orientação sobre os riscos aos profissionais, os meios de se prevenir e evitar contaminação com alguma doença infecciosa”, comenta. Ela ressaltou que foram passados lembretes e recomendações sobre o uso de EPI’s para diminuir os riscos. O público alvo conforme Patrícia foram os profissionais da rede pública.” Tudo isso refletirá nos cuidados dos profissionais com atendimento aos pacientes, onde há um ganho importante na relação ao processo de esterilização, ou na troca de equipamento de um paciente e outro”, acrescenta.
Ela ainda abordou sobre as dificuldades encontradas nos estabelecimentos de saúde e pontuou sobre as inadequações existentes quanto a legislação. “Abordamos sobre as formas corretas de tratamento tanto para o paciente quanto para a equipe profissional. Existem pré-requisitos para que tudo seja feito corretamente, inclusive em relação às instalações físicas, desde o projeto arquitetônico até a manutenção dos equipamentos, além de toda a documentação exigida para um adequado funcionamento”, detalha.  Sandra concluiu dizendo que o objetivo foi o minimizar riscos quanto as doenças transmissíveis e promover a qualidade do atendimento, prevenindo as mais diversas situações.

Odontólogos receberam orientações sobre medidas de biosegurança e legislação