GREVE

Greve de professores dura quase um mês e assembleia irá definir se acata proposta

Por: João Oliveira | Categoria: Educação | 04-04-2018 07:04 | 1866
Foto: Reprodução

A greve de professores, deflagrada no último dia 8 de março, continua e uma assembleia da categoria marcada para acontecer nesta quarta-feira (4/4) deve definir se mantêm ou não a paralisação. Professores reivindicam o pagamento do piso e fim do parcelamento do décimo terceiro salário, além de melhorias nas condições de trabalho e atendimento pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG).
Em assembleia, a categoria deve decidir se acata proposta do governo que, segunda afirma o Sindicato Únicos dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), alega que o atendimento a principal reivindicação será feito desde que o Estado não atinja o seu limite prudencial. A condição coloca em xeque o principal item da pauta, já que o atendimento da reivindicação, consequentemente, levaria o Estado ao limite prudencial inviabilizando o pagamento reivindicado pelos professores e trabalhadores em educação.
Em São Sebastião do Paraíso, as escolas estaduais Benedito Ferreira Calafiori e Clóvis Salgado continuam com paralisação integral das aulas e outras, entre elas Ana Cândida de Figueiredo, Paula Frassinetti e São João da Escócia, aderiam parcialmente ao movimento. De acordo com o coordenador da subsede do Sind-Ute em Paraíso, Reinaldo Cesário, a categoria vem lutando para ser ouvida.
“Temos feito trabalhos de conscientização e panfletagem na cidade e na região. Na última assembleia a categoria não acatou proposta do governo, que revoga a lei do Piso, colocando como justificativa um novo ator político, que seria a Lei de Responsabilidade Fiscal e que nunca foi alegada em momento algum até então”, ressalta o servidor. Conforme Cesário, o argumento faz com que o Governo do Estado quebre com sua própria palavra, ao dizer que não tem recursos financeiros para atendimento da reivindicação da categoria.
“Quando ele usa uma lei que influência na questão de recursos financeiros, o que dá a entender é que falta ao Governo vontade política em determinar prazos, porque não dá para aceitar qualquer proposta sem isto. A nossa principal reivindicação é o pagamento do piso e não tem como não aceitar que isso seja cumprido, porque seria aceita que uma lei que nós lutamos tanto para conseguir fosse revogada, mesmo o Governo admitindo que existe este débito com os educadores no Estado”, completa o coordenador do Sind-Ute.