CONTRADIZ

Prefeitura nega ter fechado empresa e contradiz informações que geraram polêmica

Por: João Oliveira | Categoria: Cidades | 07-04-2018 09:04 | 1421
Foto: Reprodução

A Prefeitura de São Sebastião do Paraíso, por meio de uma nota de esclarecimentos divulgada nas redes sociais e à imprensa, negou ter fechado empresa no município e contradisse informações que foram veiculadas nas mídias sociais por meio de um vídeo gravado pelo proprietário e que gerou grande repercussão em Paraíso. Na terça-feira (3/4), a reportagem do Jornal do Sudoeste havia procurado a Prefeitura para obter esclarecimentos sobre o caso, mas até fechamento da edição de quarta (4/4), não obteve retorno.
Em vídeo, o dono da empresa que realiza a confecção de sacaria utilizada para armazenamento de café beneficiado, afirmou que gerava cerca de dez empregos e teve que dispensar funcionários e fechar as portas mediante ação da Prefeitura. Segundo ele, a atuação da fiscalização teria como mote denúncia de que estaria havendo aparecimento de ratos, barulho e fluxo intenso de caminhões no local; ele negou as acusações.
Em nota, a Prefeitura contradisse o que ele havia alegado. "Ao contrário do que foi informado pelo dono da empresa, em nenhum momento houve interdição do estabelecimento por parte da Prefeitura. Como pode ser verificado no vídeo postado nas redes sociais pelo proprietário, não há placas de interdição na fachada do galpão e se estivesse realmente interditado, ele não poderia ter acesso ao local", informou. 
Segundo a prefeitura, quanto à alegação do empreendedor de que a Prefeitura chegou a cobrar diversas taxas para que a empresa pudesse operar, a Gerência de Arrecadação informou que até o momento nenhuma taxa havia sido paga pelo proprietário da empresa ao município e que o local não teria alvará de funcionamento.
"Por conta disso, o proprietário foi notificado no dia 22 de janeiro deste ano a apresentar o documento dentro de 20 dias. Ele não compareceu à Prefeitura no prazo estipulado, mas o setor responsável lhe concedeu automaticamente uma prorrogação de mais 10 dias, que venceu no dia 1º de março. Mesmo sem nenhuma medida por parte do empresário, a Prefeitura ainda está aguardando que ele regularize a situação, sem aplicação de multa", informou.
Ainda, segundo informou a prefeitura, a empresa em questão tinha CNPJ inscrito em São Tomás de Aquino e foi transferido para o município recentemente. "Ela não possui diagnóstico ambiental, alvará sanitário e não apresentou para a Prefeitura o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros. Desde o início das atividades da empresa de sacaria, a Prefeitura vem recebendo denúncias anônimas, dando conta de que caminhões de carga e descarga ficam atravessados na rua, impedindo totalmente o trânsito. Também há reclamações sobre o aparecimento de ratos, que se abrigam em meio à sacaria e estariam invadindo as residências vizinhas, além do uso indevido da via pública por parte do empresário, que autoriza a colocação das sacarias no meio a rua para secar", acrescentou.
Por fim, de acordo com a nota da Prefeitura, a alegação do empresário de que ele teria demitido seus 10 funcionários por conta da interdição, "a Prefeitura esclarece que a empresa está cadastrada no MEI, Microempreendedor Individual, e, por isso, poderia ter apenas um funcionário registrado", completou.
O vereador Lisandro Monteiro também havia comentado a situação, alegando que buscaria se reunir com o prefeito Walkinho para resolver a situação. Na quarta-feira (4/4), durante sessão da Câmara, Lisandro voltou a comentar o caso. "Tivemos com o prefeito e ele bateu do peito e mandou o rapaz trabalhar, que a regularização poderia ser feita depois. Lá está gerando dez empregos, então tenho que parabenizar o prefeito pela atitude", disse.