A Academia Paraisense de Cultura realizou em sua bela sede, sessão solene na noite de 24 de março para a posse de Clarindo Anacleto de Pádua Netto. A mesa foi presidida pelo acadêmico presidente, Reynaldo Formaggio Filho, vice-presidente, acadêmica Francisca Borges da Cunha Zanin, segunda secretária, acadêmica Paschoalina Souza e tesoureira, Leila Yunes.
A solenidade foi aberta com o Hino da Academia. Mensagem exordial “Todo Caminho”, de Guimarães Rosa, foi proferida pelo acadêmico André Luiz Cruvinel. A biografia do novo acadêmico foi lida pela acadêmica Maria Rita de Cássia Preto Miranda.
Clarindo Anacleto de Pádua Netto nasceu na Fazenda Santa Terezinha, bairro rural Faxina, município de São Sebastião do paraíso, onde concluiu o curso primário em 1951 na Escola Rural Dr. Silva Jardim.
No final de 1958 mudou-se para a cidade para prestar o serviço militar no TG 156. Em 1961 ingressou no 1.º ano do curso ginasial na Escola de Comércio São Sebastião. Em 1963 mudou-se para São João Del Rey onde, no ano seguinte, concluiu o curso ginasial comercial no Colégio Tiradentes.
Em 1964 foi aprovado em concurso público para funcionário do Banco do Brasil, tendo sido classificado em segundo lugar no Estado de Minas Gerais. Foi empossado na agência de Montes Claros. Nessa cidade curso colegial no Colégio Estadual Darcy Ribeiro. Ingressou no Curso de Licenciatura em Matemática na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Fundação Norte Mineira de Ensino Superior. Colou grau em 1972, e nos três anos subsequentes, paralelamente ao exercício de suas funções no Banco do Brasil, lecionou matemática no Curso de Administração da Faculdade de Administração, Economia e Ciências Contábeis em Montes Claros.
Em 1977, em concurso interno, foi selecionado para o cargo técnico na Direção Geral do Banco do Brasil, em Brasília. Mudou-se, então, para a capital por exigência do cargo assumido. Fez pós-graduação na UnB em Análise de Sistemas de Informática. No Banco do Brasil participou de equipe de desenvolvimento de Sistemas de Processamento de Dados e ministrou aulas nos cursos de formação de grentes.
Em 1985 deixou Brasília para ocupar o cargo de gerente-adjunto na agência de Guaxupé. Em 1990 foi nomeado para o cargo de gerente de atendimento na agência em São Sebastião do Paraíso, onde se aposentou em 1994.
Na vida social, desde os 18 anos, mesmo sem conhecer teoria musical, sempre foi seresteiro. Aprendeu tocar violão autodidaticamente e era dotado de pendores naturais para o canto.
Em 1996 ingressou no Coral Municipal, onde tomou os primeiros contatos com partituras. Aí adquiriu conhecimentos básicos, investiu novamente na autodidaxia, comprando e estudando livros de teoria musical.
Querendo ir além em 2008 prestou vestibular na Universidade Federal de São Carlos para o curso de Licenciatura em Educação Musical, dividindo durante cinco anos, o espaço com jovens de 20 a 30 anos de idade na universidade. Colou grau em fevereiro de 2013.
No curso de Licenciatura em Educação Musical, três disciplinas foram alvo de maior aprofundamento: Criação musical, Regência Coral e Uso de Tecnologias no Ensino Musical. Nessa esteira, fluíram as ações musicais hoje vividas, composição de algumas peças de música vocal, como o samba Consciência Negra, o baião Bendita Transposição, e o sacro Hino ao Ano da Fé. Regeu dois corais: Coral Santa Casa e Coral Paraíso Em Canto. Atualmente está na regência de mais três: Coral Vida Ativa, Coral Santa Paula Frassinetti e Coral Sagrado Coração de Jesus.
Publicou recentemente o livro Conhecendo o Finale, cujo conteúdo é um curso sobre como utilizar o editor de partituras Finale, software norte-americano relativamente pouco suado no Brasil, por ser seu manual em inglês. O Finale é considerado mundialmente como o mais sofisticado editor de partituras em uso no mundo da música. O livro pretende populariza-lo entre músicos de todas as castas musicais no Brasil
Entrada solene, acompanhado por sua esposa Eneida Maria Dionízio de Pádua, sendo recebidos com muitas palmas.
Prestou homenagem ao acadêmico Dr. Olavo Borges, fundador da Academia Parais-ense de Cultura. Fez a defesa de seu patrono, José Acácio Santana, maestro, compositor, poeta e professor.
A acadêmica Edyna Maldi Borges declamou belíssimo poema do poeta José Acácio Santana. Adriana Suzart de Pádua entrou emocionada levando a beca que foi colocada nos ombros de Clarindo Anacleto de Pádua pelo acadêmico presidente Reynaldo Formaggio Filho e vice-presidente Francisca Borges da Cunha Zanin, recebendo o certificado de posse. Foi convidado pelo presidente a tomar parte na mesa diretora.