A vereadora Cidinha Cerize voltou a cobrar, que a prefeitura dê condições às mães de bebês recém-nascidos para que sejam realizados nessas crianças o “teste da orelhinha” ainda na maternidade. O exame, que é feito, geralmente, no segundo ou terceiro dia de vida do bebê e identifica problemas auditivos no recém-nascido, desde 2010 é determinado por lei que nenhuma criança saia da maternidade sem o ter feito.
“O exame deveria, em tese, ser realizado na Santa Casa, mas é pactuado que seja realizado em Passos. Devido à dificuldade que há dessas mães se locomoverem e conseguirem transporte para ir atrás deste exame que é feito em 20 minutos, uma mãe que fez cesariana ou está amamentando, na maioria das vezes prefere pagar para que teste seja realizado aqui no município, sem ter condições, e muitas nem chegam a realizar o exame”, destaca a vereadora.
O exame, conforme lembra Cidinha, é oferecido gratuitamente pelo SUS, mas não é o que demonstra balanço levantado por ela. “No ano passado foram 910 nascimento registra-dos no município. Em relação ao levantamento do “teste da orelhinha” feito no município que eu pedi, entre março e agosto, foram 353 nascimentos, desse número apenas 63 crianças foram atendidas pelos SUS; 223 foram atendidas pelo particular; 54 deixaram de fazer o exame; uma foi feita na APAE e o restante ou mudou de área ou não foram encontradas”, destaca a vereadora.
“Pedimos uma atenção ao município para que seja dada à população condição para que essas crianças realmente sejam examinadas, porque este exame detecta alterações precoces que possam vir a gerar algum problema futuro nessas crianças. Eu acredito que isso deve ser olhado com mais atenção, faço novamente o pedido ao secretário de Saúde junto ao interventor da Santa Casa. Sei que existe um projeto para que esse exame seja contemplado lá, mas enquanto não é feito, muitas pessoas estão pagando ou deixando de fazer o exame”, completa.
A reportagem do Jornal do Sudoeste entrou em contato com o secretário de Saúde, mas foi informado de que ele estaria em viagem a trabalho. Até o fechamento desta matéria, não houve retorno sobre posicionamento da situação do “teste da orelhinha” no município.