São os cães, realmente, inteligentes e sensitivos? Quem convive diariamente com eles sabe que sim. Agora, as pesquisas também ‘concordam’, analisando atitudes que ‘demonstram’ isso.
Muitas pessoas podem pensar que os cães, em geral, não são tão inteligentes assim, principalmente quando presenciamos determinadas ‘atitudes suspeitas’, como perseguir a própria cauda. Mas... não é bem assim! Cães tem grande potencial mental e são muito conscientes quando o assunto é socialização, tanto com outros cães como com outros animais, inclusive o homem.
Eles são capazes de diferenciar expressões faciais e gestos, como rostos felizes ou irritados, e um apontar de dedo em direção à um objeto que queremos que eles persigam ou mesmo peguem e tragam de volta. Além disso, eles também ficam enciumados e até conseguem perceber se uma pessoa está triste, alegre ou, em algumas situações, se é uma pessoa confiável ou não - subjetivamente falando, pois isso depende muito da situação ao qual o animalzinho se encontra naquele momento, ou seja, se ele estiver doente ou com dor, pode ser que esteja apenas com medo ou se defendendo, e não ‘julgando alguém’.
Eles sabem muito bem o que é comida, brinquedo, cama, ‘castigo’, afago e, também, são rápidos em descobrir gestos enganosos (nem todos e nem em todas as situações).
Através de pesquisas que demonstram imagens de atividade cerebral de cães, como a ressonância magnética, por exemplo, pode-se observar que os cães aumentam sua atividade cerebral em áreas relacionadas ao prazer quando tem algo que lhes agrada, como música, comida e até mesmo o cheiro de pessoas conhecidas. Uma parte bem bacana disso é quando o cão reencontra uma pessoa que ele gosta muito e que ficou algum tempo sem vê-la; ao reconhecê-la, suas atitudes falam por si: muita festa, mas muita festa mesmo, com lambidas, pulos incessantes e atitudes hilariantes. Eles, realmente, ficam muito felizes! Essa habilidade para sentir emoções positivas, como o que chamamos de amor e apego, são comparados à mesma que as crianças humanas sentem.
Portanto, cada vez que a tecnologia avança, demonstra que não só os cães, mas diversos outros animais, tem sentimentos e reações emocionais muito parecidas com as dos seres humanos. E isso significa que as pessoas devem pensar muito bem e rever o tipo de tratamento dispensado aos cães, gatos e todos os outros animais.
E, como afirma o médico-veterinário americano, Dr Bernard E. Rollin (PhD, professor na Colorado State University, Fort Collins, Colorado, EUA), em um capítulo do livro Dor em Animais (do médico-veterinário holandês Dr. Ludo J. Hellebrekers), quando se refere ao convívio Ser Humano - Animais: “Nos casos dos animais de companhia, existe basicamente um propósito – dar e receber amor!”
Sigamos apenas isso em nosso convívio com os animais e já será suficiente!!
*ROGÉRIO CALÇADO MARTINS – médico-veterinário – CRMV/MG 5492
*Especialista em Clínica e Cirurgia Geral de Pequenos Animais (Pós-graduação “lato sensu”)
*Membro da ANCLIVEPA (Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais)
*Consultor Técnico do Site www.saude animal.com.br
*Proprietário da Clínica Veterinária VETERICÃO (São Sebastião do Paraíso/MG)