A reforma do prédio do hospital, inaugurada no último sábado 19, numa solenidade que contou com a participação de autoridades jacuienses, cidadãos e cidadãs, dos abnegados médicos pioneiros e da UNIMED PARAÍSO, encheu os presentes de entusiasmo. Euforia, sim, mas não podemos nos dar por satisfeitos.
Pois bem. Mas o que é hospital na acepção do termo? A palavra hospital vem do latim "hospes", que significa hóspede, dando origem a hospitais. Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), o hospital é um elemento organizador de caráter médico-social, cuja função consiste em assegurar assistência médica completa, curativa e preventiva à população. É um centro de medicina e de pesquisa biossocial. Sua função é restaurativa: diagnóstico, tratamento, reabilitação e emergência.
Com a palavra, o prefeito da cidade informou sobre a tendência unilateral do Estado e da Federação para a centralização regional do atendimento. Salientou que é com muito sacrifício que faz transferências de repasses da PMJ para a entidade e, ainda, que benefícios veiculares, como ambulância e carros para a área da saúde, e em consequência para o hospital, são bem vindos, sem partidarismo político. Mas pode mais, muito mais. É uma questão de petitório para todo lado.
Já o presidente da Unimed Paraíso, também se manifestando, enfatizou que a presença da entidade em Jacuí era a forma de retribuição, momento de devolver à cidade o que emprestou a Unimed. Confirmou, diante dos presentes, a continuidade da parceria e mostrou disposição de novos benefícios.
Então, é o momento de novas parcerias. O visual do prédio tornou-se outro - sua fachada, a logística do atendimento e acomodação dos pacientes - não resta a menor dúvida. Merecidos elogios ao mentor que promoveu a iniciativa da reforma física do prédio, como enfatizou seu atual diretor clínico. Entretanto, tanto a PMJ, como a Unimed Paraíso e a diretoria do hospital (esta com campanhas promocionais como a atual), podem equipar e transformar um "posto de atendimento" de consultas e curativos, pelo menos num Pronto Socorro, no mínimo com RX e interferências imediatas e internações, restabelecimento do laboratório de análises clínicas e farmácia - uma Santa Casa!
A primeira etapa está satisfatória, mas não basta um prédio bonito. Necessário se faz uma infraestrutura dinâmica, independente de Estado e Federação, dentro de um padrão que a cidade merece. Vamos correr atrás da segunda parte.
A causa é justa e perfeita. E também nobre.
FERNANDO DE MIRANDA JORGE
Acadêmico Correspondente
da APC Jacuí/MG
fmjor31@gmail.com