Agentes da Unidade Prisional de São Sebastião do Paraíso e mototaxistas têm prestado apoio ao movimento dos caminhoneiros. Agentes penitenciários se juntaram para levar mantimentos para que caminhoneiros, muitos deles sem poder deixar os locais onde há concentração, pudessem cozinhar e se manterem alimentados. A ação comoveu a categoria; Também mototaxistas do “Moto Taxi & Cia” comparecem no bloqueio próximo ao aeroporto onde levaram pães para que os manifestantes pudessem tomar café da tarde.
Líderes do movimento disseram que alguns empresários têm sido solidários, enviando ajuda. Na manhã de sexta-feira (25/5) uma produtora de hortifrutis cuja propriedade fica próximo ao Aeroporto deixou algumas caixas contendo verduras para a alimentação de manifestantes. Quase ao mesmo tempo, um conhecido dentista fez a entrega de alimentos e produtos para higiene pessoal.
Temos recebido demonstrações de amizade e apoio, vindas de pessoas de todas as faixas de poder aquisitivo, disse um líder do movimento. “Uma senhora trouxe um pedaço de queijo, e embora pequeno, parece ter se multiplicado, pois cortei em pedaços, e servi para um grande número de colegas, afirmou.
De acordo com o agente penitenciário, Robson Carvalho, o Mossoró, ele e colegas se sensibilizaram e resolveram prestar apoio aos caminhoneiros. “Esse foi o mínimo que pudemos fazer. Reunimos em seis companheiros e cada um ajudou da forma que podia para que pudéssemos comprar alguns mantimentos e levar para esses caminhoneiros e ainda vamos intensificar este apoio. Esse nosso apoio não tem relação alguma com a direção do presídio e nem com o Estado, os próprios agentes, sabendo que este é um movimento justo e em prol do Brasil, quiseram prestar essa solidariedade. É preciso que a população também se solidarize, saia de casa e ajude de alguma forma”, destaca.
Ação foi aplaudida pelos caminhoneiros e, conforme destacou o presidente da Associação de Assistência dos Proprietários de Veículos Automotores de Paraíso (Aproves), Joaquim Assis Moraes, “foi uma surpresa muito grande”. “Nós também acompanhamos a batalhas desses agentes por reajuste, melhores condições de trabalho e eles, assim como nós, trabalham é por amor a profissão, porque como nós, não têm a mínima condição e qualidade de trabalho. Receber esse apoio é motivo de muito orgulho e nos envaidece muito, é a atitude que deveríamos esperar da sociedade”, ressalta Moraes.
O presidente da Aproves destaca que a luta é para que o combustível seja vendido a preço justo a toda população e que os motoristas também deveriam se juntar a esta luta. “Não adianta ficarmos nessa briga, para que algumas pessoas usem a nossa força para ganhar lucro em vantagem própria. Em um desses postos, o dono não deu uma marmita para os caminhoneiros, cobra R$ 8 o banho, temos que nos deslocar para poder levar comida para esses condutores, enquanto que há uma fila de 30 carros para abastecer”, lamenta.
Segundo Joaquim, hoje, por meio dessas doações, está sobrando comida e ninguém que esta participando do movimento está passando necessidade. “Nós gostaríamos, não apenas dessas contribuições, mas do apoio que é mais importante que isto, da população organizar uma passeata e vir para a rodovia, em passeata, lutar contra esses abusos”, completa.