Esquecido no tempo, colocado à margem da tradição, cultura, história, lá está ele machucado por décadas, esquecido no centro da cidade. Bem construído, carrega na sua alma, tantas recordações de uma época feliz, de importância para São Tomás de Aquino. Liga Operária, de grandes bailes e saraus onde a fina flor da sociedade aquinense brilhava. Depois foi Ginásio São Tomás, com várias turmas de alunos, hoje, profissionais de sucesso em várias áreas de trabalho. Lá também foi palco para variadas apresentações de teatro sob a direção da professora Anete Abrão. Os famosos festivais onde tive a grata oportunidade de participar. Para encerrar o ciclo de lazer, educação, cultura, o prédio vestiu a roupa de hotel da cidade. Passou a receber “viajantes”, filhos da terra em visita a São Tomás, turistas para as festas de fim de ano.
Infelizmente, hoje, está esquecido, maltratado pelo tempo, agoniza diante da insensibilidade burocrática do governo do Estado, diante, de uma velha história conhecida de todos, que amarrou e amarra gestores públicos aquinenses. Essa insensibilidade nega a oportunidade de um renascimento, de uma vida ativa do prédio para atender a comunidade seja na área da saúde, da cultura e de projetos sociais. O lado mais tenebroso do prédio abandonado: os vizinhos terem que conviver com os pombinhos, ratos, aranhas, piolhos, etc. É uma pena a situação ter chegado ao ponto que chegou. Um prédio, que tem um belo passado na história da cidade e que hoje agoniza na UTI do esquecimento e burocracia. Acredito realmente não ser falta de força e vontade política, de lideranças de São Tomás de Aquino para dar solução ao problema.